quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Annus Horribilis ou Annus Perfectum?

Segundo a Profecia Maia, o fim do Mundo está previsto ser no dia 20 de Dezembro de 2012. Mas, e se afinal a Profecia Maia não se concretizar e o Mundo não acabar? Como vão ser os últimos dias de 2012 e o ano de 2013?

Tenho a certeza que iremos viver os últimos dias de 2012 como vivemos até agora esses mesmos dias, mas em anos diferentes. O Natal e a Passagem de Ano irão ser vividos com o mesmo espírito que se evoca nesta quadra natalícia, porque afinal o Mundo não acabou!

Mas, e 2013? Como será o ano de 2013? Será que não se realizando a Profecia Maia, deveremos acreditar nas profecias Gasparianas e Coelhanas? Terão estas profecias o mesmo valor? Ou seja, será que vai ser um Annus horibilis a todos os níveis?Ou, por outro lado, 2013 terá tudo para dar certo?

Infelizmente, e esta é a minha opinião, acredito que haja algum sentido de verdade nas teorias Gasparianas e Coelhanas. O ano que se avizinha não será, nem de longe nem de perto, um dos melhores anos que os portugueses irão experienciar. O Governo vai ser o mesmo, os profetas serão os mesmos, a dívida portuguesa irá aumentar (acredito), os impostos irão aumentar, os salários irão diminuir, os pensionistas ficarão mais pobres, o nosso poder de compra decrescerá, o preço da electricidade e do gás irá aumentar, a taxa de desemprego irá aumentar... Ou seja o Portugal e a Economia Portuguesa terão um ano muito difícil pela frente.

Não pretendo nem quero ser o profeta da desgraça, até porque a profecia está feita. Por muito optimismo que tenhamos é difícil encontrarmos no próximo ano, razões para estarmos optimistas, mas espero com muita força que seja um ano único e que passe rápido e que 2014 seja mesmo bem melhor que o ano de 2013.

O próximo ano vai ter de ser um ano em que temos que ir à luta. Pelo menos aqueles que podem e querem. Eu quero e posso, por isso não espero (nem nunca esperei em ano nenhum) que as coisas sejam fáceis. Todos os dias respondo a anúncios, envio candidaturas espontâneas, obtenho formação, leio, "freelanço", basicamente para não estar parado e adquirir experiência na minha área - Digital Marketing - sempre acreditando que existem pessoas, empresas e agências receptivas à mudança e capazes de acreditarem em mim e no meu trabalho, dando-me uma oportunidade para tal.

Não me importo de ganhar pouco (e já passei por isso), não me importo de não ter férias seja onde for, afinal já lá vão mais de 3 anos sem férias, porque quem não ganha não tem vícios, ainda que sejam vícios que fazem bem ao corpo e à mente.

Não coloco de parte um projecto meu, ou (ouro sobre azul), ter uma oportunidade numa empresa e/ou agência e ter, em simultâneo o meu projecto. Porquê? Porque acredito em mim, e acredito que podemos estar juntos em 2 sítios e, até mesmo criarmos sinergias. Venho falando disto a vários amigos meus e o "sim é uma boa ideia" está sempre presente, mas o primeiro passo nunca é dado, ou porque estamos com outros trabalhos em mãos, ou porque a oportunidade não é a melhor ou simplesmente porque não. Será que vai ser em 2013?

Certo é que o Mundo não acaba a 20 de Dezembro de 2012, e certo também é que as profecias Gasparinas e Coelhanas também se realizarão, portanto para ser um ano em cheio, desejo que encontre uma oportunidade de trabalho (mesmo a ganhar pouco) e que se comece a pensar num novo projecto. Desta forma, e só desta forma (e perdoem-me o egoísmo) o ano de 2013 terá tudo para dar certo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ramsay, Prisão e Desemprego

Comecei a ver o programa de entretenimento "Gordon Behind Bars" e, embora seja um programa de entretenimento, a mensagem do Programa ou direi, a mensagem que o famoso chef Gordon Ramsay quer transmitir é que todos nós temos de ser e dar algo à sociedade.

O programa desenrola-se na prisão de Brixton e o princípio básico é: em 6 meses, Ramsay terá de reunir um grupo de "reclusos cozinheiros" que por sua vez terão de cozinhar (trabalhar) para depois vender aquilo que confeccionaram.

Com o desenrolar do programa e infelizmente, senti que o desemprego é como a prisão, com a grande diferença de que os desempregados não cometeram qualquer tipo de crime. Já para não falar daqueles (ou familiares) que, de alguma forma, investiram na educação, ajudaram o país e, porque não dizê-lo, cumpriram com o seu dever enquanto estudantes.

O mais impressionante no Gordon Behind Bars (e que não é novidade) é que não basta aos reclusos pagarem pelo crime que cometeram. Isso é o mais fácil. ter cama, mesa e roupa lavada é cómodo e confortável. E essa comodidade e conforto é-lhes dado pela sociedade. Os reclusos têm de ser responsabilizados e para isso têm de retribuir à sociedade a cama, mesa e roupa lavada.

Não sei qual o pensamento dos reclusos nacionais. Se querem estar no bem bom, com cama, mesa e roupa lavada e sem preocupações. E muito menos sei se existe alguém que se interesse por eles ou se, inclusivamente, o Governo se preocupa com a reabilitação da população prisional.

Aquilo que sei é que os desempregados não cometeram crime algum e, portanto não é justo, pelo contrário é muito penoso este grupo de pessoas estar aprisionado pelo próprio país e ter um governo que é incapaz de reabilitar esta população.

Ao contrário dos reclusos, os desempregados querem dar, querem contribuir, querem ter valor, querem ser retribuídos pelo seu valor. Não querem cama, mesa e roupa lavada e muito menos querem ser um fardo para a sociedade, pois isso seria cometer um crime gravíssimo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Escrita SEO Friendly

Quando falamos em escrita SEO friendly significa que necessitamos ou queremos produzir conteúdo para a web que seja facilmente indexável pelos motores de busca. Por outro lado, quando escrevermos o nosso conteúdo e ao mesmo tempo pensamo-lo SEO friendly, a probabilidade que o nosso conteúdo, por exemplo um artigo, tem de ser encontrado pelas pessoas que pesquisa no Google (ou noutro motor de busca) por algo relacionado é alta.

Existem algumas "regras" que permitem que o nosso conteúdo seja SEO friendly.

O objectivo deste post abordar algumas dessas "regras", mas de forma muito simples.

  • Títulos - A escrita de um título SEO friendly pressupões que mesmo tem de ser cativante e para isso tem de chamar a atenção. Mas também tem de ser curto e conter informação sobre o assunto principal sobre a temática que pretendemos desenvolver no "corpo" do texto. Se vamos escrever um texto sobre "bananas", não convém dar um título ao texto com a palavra "maçãs". Acho que isto é óbvio para toda a gente;
  • Meta-Tags - Outro aspecto importante e mais técnico aquando da escrita de um título SEO friendly é a utilização da tag de html "H1". Os motores de busca, por norma indexam muito bem e favoralmente títulos que utilizem esta tag, seja ela em texto, seja ela em imagem;
  • Keywords - A utilização de keywords na escrita de um texto SEO friendly é talvez dos aspectos mais importantes a ter em atenção quando estamos em pensar escrever determinado texto. As keywords, como o próprio nome indica são as palavras-chave que devemos utilizar no nosso texto por forma a torná-lo relevante para a pesquisa. Ou seja, se vamos escrever um texto sobre "O Azeite e a Dieta Mediterrânea", convém que utilizemos a palavra "azeite" no nosso texto com alguma frequência para este ser SEO friendly. Porém, e acima de tudo, devemos utilizá-la quando a mesma fizer sentido no decorrer do texto e não porque estamos obcecados em termos muitos "azeites" no nosso texto. Aliás, tal poderá funcionar contra um texto SEO friendly;
  • Densidade de Keywords - Esta é uma "regra" que está intimamente relacionada com as keywords e, basicamente, pode ser traduzida matematicamente na seguinte fórmula: KD = (Nº Keywords/Nº Total de Palavras)*100;

Ou seja SEO friendly não significa que temos de escrever para os robots do Google ou de outro motor de pesquisa. Pelo contrário, produzir conteúdos SEO friendly significa que temos de escrever para pessoas. Afinal são as pessoas que irão ler o nosso conteúdo e não os robots.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ciclo Vicioso de Oportunidades

Acredito que as pessoas do nosso país estejam dispostas a deslocarem-se, com o objectivo de agarrar uma nova oportunidade profissional, para outra cidade, ou até mesmo para outro distrito.

Calculo que não seja objectivo das pessoas, mas neste momento não se importarão de mudar de cidade ou de distrito para conseguirem um novo desafio profissional.

Não se importarão, se bem que será frustrante, iniciarem um novo desafio profissional noutra área que não a delas.

Mas não basta não se importarem, é preciso que a outra parte - Empresa - também não se importe. Que não se importe em remunerá-las por forma a que seja economicamente viável a sua deslocação para outra cidade.

Mas a realidade é que com esta política salarial que o Governo insiste em adoptar, sob o lema e o compromisso mentiroso de aumentar a competitividade de Portugal, não faz com que seja possível uma mobilidade geográfica das pessoas. Pelo contrário, esta política vai provocar um efeito contaminador ao sector privado (que já se verifica), em que as empresas deste sector vão querer pagar o menos possível pelo trabalho de um colaborador. E isto é tanto verdade quer estejamos a falar de empresas ditas grandes e reconhecidas, estejamos a falar de um bom um de um mau colaborador.

Criaram um ciclo vicioso que deixa as pessoas de pés e mãos atadas porque têm dificuldade em encontrar trabalho. Sujeitam-se a mudar de cidade, mas dão de caras com um mísero salário que não lhes permite mudar de cidade.

As Empresas lucrarão cada vez mais com esta situação, pois pagam salários baixíssimos, por vezes até por "baixo da mesa", fugindo aos impostos e utilizarão esse dinheiro que poupam em benefício próprio e dos seus accionistas, nunca da Empresa e dos colaboradores mais antigos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Poetas da Internet

Já diz o ditado: quem não sabe é como quem não vê". E não há melhor forma de caracterizar o que se passa em algumas empresas que julgam saber o que é a gestão de comunidades no Facebook.

Não sou nenhum mestre e muito menos guru (nem pretendo ser) na área do social media. Sou um mero Digital Marketeer, e estudei (e continuo a estudar) para saber o suficiente para desarmar o meu interlocutor, ainda para mais quando a formação desse interlocutor não é na área do Marketing, nem nada que se pareça.

Gostava de perceber como é que um Jornalista pode ser melhor do que um Marketeer (Digital Marketeer) na gestão de uma comunidade no Facebook. A justificação que o meu interlocutor me deu foi que a sua capacidade de escrita é melhor do que a de um Marketeer.

Com esta justificação dá para perceber que:

  • a afirmação não é totalmente correcta;
  • a pessoa em causa nada percebe de gestão de comunidades no Facebook

A afirmação não é cabalmente correcta, porque um Marketeer pode ser um copy. Sendo um copy tem obrigatoriamente de ter criatividade e poder de síntese na sua escrita. Isto para não falar nas inúmeras ferramentas que todos nós podemos utilizar para dar aprimorar a nossa escrita.

A pessoa não percebe nada de gestão de comunidades no Facebook, porque a gestão de comunidades no Facebook não requer que sejamos grandes eruditos em escrita, nem que sejamos descendentes de Luís Vaz de Camões. A gestão de comunidades no Facebook não se baseia na escrita a metro, aliás é precisamente o contrário. Mas mais importante do que saber escrever (que também o é), fundamental é que a pessoa e/ou a equipa que gere essa comunidade consiga antecipar uma crise. Ou se não a conseguir antecipar, que consiga pelo menos controlá-la sem grandes danos na reputação on-line da marca. Isto é o princípio básico da gestão de comunidades no Facebook.

Portanto o grupo de comunicação social estrangeiro tem de se decidir: ou quer um poeta de internet ou quer um gestor de comunidade do seu Facebook. Se quiser um poeta de internet, está com toda a razão ao afirmar que prefere jornalistas a marketeers. Mais, eu até aconselharia a contratarem um linguista ou alguém da área das línguas; Português e outra variante. De certeza que cumpriria melhor com os objectivos e com as ideias de gestão de comunidades de Facebook que o Grupo tem, do que um mero Digital Marketeer.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DIG DIG - Digging for Cultura in a Crash Economy

Este fim de semana fui até à Rua da Boavista (Santos) à inauguração de uma exposição em que os artistas foram convidados a testemunhar através da sua arte o momento de crise económico-financeira e de valores que Portugal e os portugueses atravessam.

Embora goste de arte, não sou propriamente um connoisseur e, portanto não consegui ver arte em todas as peças expostas.

Não pretendo com este post criticar o que quer que seja, até porque cada um de nós vê e sente a crise de formas diferentes. Acima de tudo, julgo que o importante é participarmos neste processo metamórfico que a nossa democracia está a passar (e tem de passar) seja através da cultura ou de outra forma, o imoprtante é criticarmos, participarmos e construirmos.

No meio de vários artistas surgiu um de seu nome Rodolfo Bispo que recorrendo a elementos básicos do nosso quotidiano, conseguiu passar a mensagem do Portugal actual, dos governantes que temos e daquilo que poderá ser o futuro se continuarmos neste marasmo desolador em que apenas a austeridade e o desemprego aumentam.

Para mim, a exposição de Rodolfo Bispo cumpre na essência aquilo que foi proposto pela organização e que foi o mote para titular a exposição.

Através de elementos asfixiantes (sacos) o artista consegue traduzir cabalmente o momento actual em que vivemos. A dicotomia entre texto e bustos traçados a tinta da china (mensagem ulterior) traduzem muitas das nossas expressões faciais e muitas das nossas vidas neste período de recessão abrupta. Por outro lado o conteúdo textual é muito ácido e irónico, mas sempre pincelado com boas notas de humor. Recomendo.

[Fonte: Santo António]

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Mas, Porém, Todavia, Contudo

O "mas", o "porém", o "todavia" e o "contudo" são as preposições mas difíceis de ouvir, ainda para mais se trabalhamos nas indústrias criativas.

Por vezes o trabalho de um estratega, dum marketeer, dum copy ou de outra "espécie" de criativos é ter ideias e passá-las, de uma forma minimamente compreensível, para o papel. E isto, parecendo que não leva tempo e dá trabalho.

E quando este trabalho é apresentado ao cliente e este nos "cala" com um "é isso, mas é preciso mudar x, y e z, porque não temos budget, nem a, b nem c e d não está disponível, é pura e simplesmente ingrato.

Nós não temos culpa que não nos tenham dado o budget, não temos culpa que a pessoa x ou o elemento z que fazem parte da campanha e dão a cara pela marca, não tenham comunicado qual seria a sua disponibilidade para determinada acção.

Nós trabalhamos com o material que nos dão e se assim não o fizermos "shame on us", pois estamos a por-nos a jeito.

Não é justo "jogarmos" com determinadas regras quando se inicia ou jogo e a meio do jogo essas regras mudem. É preciso haver fair play criativo de ambas as partes, por muito que isso custe aos envolvidos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cabecinhas Pensadoras

Todos nós somos cabeças pensantes, ou como diria o outro, cabecinhas pensadoras.

É enervante que as pessoas que trabalham em Empresas/Agências pensem que se basta criar uns rectângulos num qualquer software e colocar os nomes das pessoas lá dentro passando a ideia de que elas terão de se comportar tal e qual cavalos em boxes.

Não defendo que exista desorganização e, muito menos defendo que exista uma promiscuidade entre os diversos departamentos. Até porque para que a máquina empresarial esteja bem oleada, é necessário que haja experts em cada uma das suas áreas de actuação.

Mas isto não significa que as pessoas tenham de estar consignadas apenas à sua disciplina. A meu ver é importante que as pessoas percebam o negócio no seu global. E têm de fazer um esforço para isso acontecer. É preciso conversar, mas conversar com calma e tendo sempre presente que todos trabalhamos em prol do mesmo objectivo.

É preciso perguntar se o departamento da qualidade pode fazer antes o procedimento da forma "X" e não da forma "Y". Ou questionar o departamento comercial sobre a hipótese de falar com o cliente para mostrar-lhe outra solução que não a que ele quer, mas que será mais fácil e melhor para ambas as partes.

Temos de mergulhar, ainda que não profundamente, em matérias que não as nossas, por forma a podermos aproximar-nos e trocarmos impressões, mas sem que se atrapalhe o trabalho uns dos outros). E hoje em dia com as novas tecnologias e com a quantidade de informação que temos à nossa disposição à distância de um click, tal não é difícil.

É preciso sermos cabecinhas pensadoras e criativas, é preciso ganharmos massa crítica para criticarmos aquilo que nos pedem; seja um cliente, seja um colega de trabalho, ou até mesmo um governo. De outra forma, seremos apenas robots e facilmente substituídos num futuro próximo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Return On Investement - ROI

As agências digitais (já nem falo nas outras) não são as tias Mayas do Digital e os clientes têm que perceber isso.

Mas mais do que os clientes perceberem que as agências não são Hogwarts School of Witchcraft and Wizardry, nem os seus trabalhadores são pequenos Harry Potters, as agências digitais, elas próprias, tem de fazer por isso.

É impossível a uma agência afirmar, para ganhar um concurso, que o cliente vai ter um ROI de "x" com a campanha "y" e com o copy "a" e design "b". Nunca na vida se pode afirmar tal coisa (nem no online, nem no offline), quanto mais prometer.

O ROI é a razão entre a diferença de receitas e custos sobre os custos. Matematicamente: ROI = (R-C)/C.

Julgo que a partir desta fórmula, fica claro para qualquer das partes (agência e cliente) que é impossível a qualquer uma das partes dizer que aquela campanha vai originar um ROI de "Z euros".

A agência tem e deve ouvir o cliente sobre as suas expectativas (e não certezas) quanto ao seu ROI. E, não a partir daqui, mas também com este membro da equação começar a trabalhar para que a campanha seja o mais rentável possível; tanto para cliente como para agência. Afinal todos queremos ganhar dinheiro.

Por isso senhores clientes, as agências digitais, podem conseguir medir o ROI ao longo da campanha, agora dizer cabal e previamente que o ROI vai ser "X" ou concordarem com o ROI que v/ex.as dão é o mesmo que serem Gasparzitos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Triste Portugal

Acima de tudo é importante participar e é por esta razão que o presente post não versa qualquer tipo de assunto relacionado com Marketing, Digital ou outra matéria da área, mas sim com a tristeza em que este país está mergulhado. Espero que não se torne um hábito, mas para tal não depende de mim, mas de todos nós.

Triste Portugal este que acorda todos os dias triste e deita-se todas as noites melancólico.

Triste Portugal este que tem um Primeiro-Ministro velhaco e matreiro que anuncia um discurso sobre mais medidas de austeridade para um horário que sabe que ninguém vai ouvi-lo com atenção porque o Zé Povinho está mais interessado na selecção e na tristeza do Cristiano Ronaldo do que naquilo que se vai passar nas suas vidas. Até certo ponto é compreensível, o Zé Povinho está farto de mentiras e charopadas e precisa de escapes, mas temos de resistir e ir à luta contra esta cambada que não tem nem princípios nem valores.

Entristece-me ver este Portugal que tem comentadores e líderes Laranjinhas cuja opinião muda consoante os seus interesses pessoais.

Triste Portugal este que tem um Primeiro-Ministro que não conhece a realidade do país que (des)governa. E mais grave e mais triste do que isso que esse mesmo Primeiro-Ministro não sabe um conceito básico de economia - falta de financimaneto. Pedro Passos Coelho não faz a menor ideia sobre o que é financiamento. Se fizesse aplicava medidas a favor do financimaneto das empresas e não a favor do desfinancimento das pessoas. Como é possível Pedro Passos Coelho pensar e afirmar que com um aumento de 7 pontos percentuais na Taxa Social Única dos Portugueses e que com a diminuição de 5 pontos percentuais na Taxa Social Única das Empresas vai resolver o problema do financiamento dessas empresas e o flagelo do desemprego? Para mim a resposta é simples: Pedro Passos Coelho nunca percebeu, não percebe nem nunca perceberá o que é Economia. Economia é mais do que números, economia são pessoas. Mas mesmo que fosse só uma questão de números, nem assim Pedro Passos Coelho chega lá. Porque ao aumentar-se a TSU dos colaboradores das empresas, vai provocar-se uma diminuição ainda mais acentuada no poder de compra dos portugueses, logo as empresas não vão vender mais (à excepção daquelas que maioritariamente exportam os seus bens e serviços). Perante isto a minha conclusão é que Pedro Passos Coelho é um completo analfabético económico.

Triste Portugal este que têm Juízes do Tribunal Constitucional mais preocupados com o seu umbigo e, portanto, só ficaram satisfeitos quando os privados foram abrangidos pelas medidas de austeridade tal e qual a função pública onde esses "brilhantes" Juízes picam o ponto. Por só se preocuparem com o seu umbigo, estes Juízes Constituintes não se conseguem distanciar, perceber, definir e clarificar o que é o conceito de equidade. Tentando explicar a essas mentes brilhantes com um exemplo gráfico e infantil: equidade não significa comerem todos pela mesma medida. Equidade significa comer mais quem têm mais fome e comer menos quem tem menos fome.

Triste Portugal este que tem um Primeiro-Ministro que não respeita a Constituição nem as decisões, ainda que pouco brilhantes, dos Juízes do Tribunal Constitucional.

Triste Portugal este que tem um Presidente da República que só está preocupado com o seu feudo na Quinta da Coelha e que assiste ao desmoronar do país como se de um espetáculo cómico se tratasse.

Enerva-me "não saber" porque razão só o factor trabalho da classe média é taxado à grande e à portuguesa. Sim, à portuguesa, porque o Primeiro-Ministro de França tem em vista taxar em 75% os rednimentos superiores a um milhão de euros anuais. Cá opta-se apenas por elencar as supostas medidas que em nunca afectarão os barões que destruiram este país. Pedro Passos Coelho é a tal ponto um analfabeto económico que não percebe que a classe média e a força motriz deste país. Portanto taxar o trabalho da classe média só vai contribuir para destrui-la e ficarmos igual ao Brasil pré-Lula. Passos Coelho, existem e importa taxar outros factores que não o trabalho, como seja o factor capitais!

Entristece-me dizer que não tenho orgulho em ser Português e muito menos tenho orgulho em ser Europeu. Para mim o que Portugal tem de bom desde que me conheço é a sua comida, as suas paisagens e a simpatia e hospitalidade das suas gentes. Ou seja, sinto-me um turista neste Portugal (des)governado por chicos-espertos e mentirosos de primeira qualidade.

Não podemos continuar calados e sentados de braços cruzados. Já sabemos que Pedro Passos Coelho não vai baixar os braços e vai continuar a massacrar-nos, por isso não baixemos nós também os braços. Vamos agir, temos que sair à rua, temos de combater todos os canalhas e toda a canalhice que nos andam a fazer, temos de derrubar este Governo, porque não cumpre o objectivo de nos governar, mas sim desgovernar. Portugal merece mais. Nós merecemos melhor do que pessoas burras, mentirosas, sem escrúpulos e incompetentes.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Quality Score

Existem diversos factores que influenciam o Quality Score de uma campanha de Google Adwords - Pay-per-Click. Mas desses factores, podemos descriminar os seguintes:

  • Relevância da Keyword;
  • Histórico da Campanha;
  • Copy do Anúncio;
  • Landing Page;

Vamos ver, com mais detalhe, como cada um destes factores influencia o Quality Score da campanha Pay-Per-Click.

  • Relevância da Keyword. Se nós estamos com uma campanha a anunciar "festas de aniversário para crianças", não fará sentido (e prejudicará a nossa campanha) se tivermos uma keyword relacionada com computadores, ou com material escolar. A keyword tem de ser relevante para todo o site, mas nunca discurando o anúncio.

  • O Histórico da Campanha também é algo que é tido em conta pelo Google. Ou seja, campanhas que já tenham sido criadas anteriormente terão do Google um "prémio" por já estarem na sua plataforma de Adwords. É uma forma de compensar aquelas campanhas que, consistentemente, mantêm as suas laning pages e os seus anúncios relevantes.

  • Copy do Anúncio. O copy do nosso anúncio tem de ser relevante. Imaginando que estamos a anunciar "festas de aniversário para crianças", não fará sentido ter um copy como por exemplo "Todo o tipo de Festas" ou "Despedidas de Solteiro". Temos de ser criativos e procurar em todo o léxico de palavras relacionadas com "festas", "aniversário" e "crianças", palavras que depois vão ao encontro daquilo que queremos anunciar, mas também ao encontro do copy e outros elementos que temos no nosso site.

  • Landing Page que é página para a qual somos redirecionados quando clicamos no anúncio de texto. A nossa Landing Page, por forma a influenciar positivamente o nosso Quality Score, deve ter no seu copy as mesmas keywords que estão contempladas no nosso anúncio de texto, para além de outros detalhes relacionados com esse mesmo anúncio. Significa isto que se estivermos a anunciar "festas de aniversários para crianças", é importante que a nossa landing page contenha, por exemplo, fotos de crianças.

Se todos estes factores estiverem bem conjugados, o nosso CTR - Click-through rate irá ser melhor e a toda a nossa campanha irá ter uma melhor performance. Isto porque o Google assume que taxas de CTR mais elevadas darão uma maior relevância aos anúncios e às próprias landing pages.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Medicamentos

Se existe exemplo de indústria onde cada vez mais os consumidores se sentem insatisfeitos, é a indústria farmacêutica.

A indústria farmacêutica enquanto deu, tratava os seus consumidores nas palminhas.

Os famosos delegados de informação médica (DIM) eram pagos a preço de ouro para venderem medicamentos a médicos e farmácias que, na teoria, tinham obrigação de saber mais do que eles. Para além do ordenado chorudo, as empresas farmacêuticas ainda pagavam aos seus DIMs davam-lhes carro, gasolina, ajudas de custos. Tudo e mais um par de botas para que eles tivessem toda a pujança necessária para conseguirem colocar um médico a prescrever o medicamento dessa farmacêutica. Os médicos por sua vez prescreviam esse medicamento aos seus pacientes e, por último estes aviavam-nos na farmácia.

Agora que o país está em crise, a indústria farmacêutica esquece todos os seus consumidores e olha apenas para o seu umbigo, nem que para isso seja preciso mandar os ditos DIMs em visita aos hospitais e clínicas, para informarem os médicos que já não vão vender os medicamentos X, Y, Z. Situação esta que se torna muitas vezes melindorsa, pois existem doentes com determinadas patologias que só respondem a determinadas terapêuticas que calham a não existir mais em Portugal.

Mais, este facto funcionará como uma das razões para se deixar de praticar a medicina activa. Isto porque, por norma, os medicamentos que não são descontinuados são aqueles que possuem na sua composição todos os igredientes e mais alguns e não só apenas os necessários para o tratamento da patologia. Por exemplo, um paciente que vá ao médico para tratar um problema de pele e que necessite que o médico lhe receite um medicamento com ácido salicílico e zinco, não terá sorte. Isto porque o médico só lhe poderá receitar um medicamento com ácido salicílioc, zinco e cortizona porque são os únicos existentes no mercado. Porquê? Porque são os únicos que dão margens de lucro mais elevadas às empresas farmacêuticas.

Ora se esta realidade se mantiver, deixará de haver (ainda mais) a tal medicina de proximidade, porque vamos ao médico não para sermos receitados com o medicamento que precisamos, mas sim com aquele que existe no mercado, porque as farmacêuticas assim o querem.

Mas como se isto não bastasse, ainda temos o exportação e as rupturas de stock nas farmácias, algo que é ilegal.

A exportação de medicamentos carece de uma autorização expressa do Infarmed, por forma a garantir primeiro a existência de um número mínimo de embalagens disponíveis nas farmácias para responder às necessidades dos utentes. Mas o que muitas vezes acaba por acontecer é que a indústria fornece os distribuidores de acordo com o pedido das farmácias, mas depois estes acabam por vendê-los a outros países onde o preço dos remédios é mais caro, por exemplo à Alemanha. Desta forma obtêm margens de lucro superiores e deixam as farmácias nacionais sem embalagens para satisfazer a procura dos utentes.

É aqui que reside a ilegalidade, que prejudica todo o ciclo de consumidores. Isto admitindo que a indústria cumpre todos os requisitos para a exportação de medicamentos.

Toda esta indústria, onde os pacientes que são so principais consumidores são os doentes, são aqueles que saem mais prejudicados. É um exemplo cabal em que as necessidades dos consumidores não só não são satisfeitas, como não são tidas em consideração.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Efeito Borboleta

Para que o trabalho de uma equipa corra bem é preciso que todos os elementos da equipa sejam inteligentes e prestem atenção aos detalhes. Afinal é nos detalhes que se encontra o diabo.

Mas para além do diabo se encontrar nos detalhes, não prestar atenção aos pormenores pode ter um efeito preverso no trabalho dos restantes membros da equipa.

Sendo a equipa constituída por pessoas, o trabalho de uma dessas pessoas influenciará o trabalho das outras. Estamos dependentes uns dos outros, e por vezes estamos mesmo dependentes de condições iniciais tratadas por alguns membros da equipa. E estas condições vão influenciar em muito o trabalho de toda a estrutura humana daquela equipa.

Evitar ao máximo a presença do efeito borboleta, torna-se uma mais valia para a dinâmica de trabalho.

As borboletas (sem qualquer sentido prejurativo) que ao baterem as asas executam determinada tarefa no local x, podem desencadear um sequência de fenómenos que provocarão um série de tarefas trabalhosas e penosas no local y onde estará outra borboleta (mais uma vez sem sentido prejurativo).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Marketings"

Há alguns anos foi lançado, pela editora Textos de Gestão o livro Marketing Pessoal. Mais recentemente foi lançado pela Oficina do Livro, um outro livro intitulado Marketing da Mulher.

Percebo que utilizar a palavra Marketing num livro seja uma alavanca para o aumento das suas vendas. Mas considero que se torna abusivo e descabido utilizar o Marketing para tudo e para nada. Neste caso é flagrante, já que sendo as mulheres pessoas, não deverá haver muita diferença entre os dois livros.

Li algumas das parte do livro Marketing Pessoal porque me foi oferecido e o que está lá é um resumo muito resumido daquilo que é o Marketing. É quase um livro de auto-ajuda, mas com uma base estratégica muito sintética.

Quanto ao livro Marketing das Mulheres não o li. Mas não deve haver grande diferença entre aqueles dois livros. E se houver, acho que seria uma boa ideia, ainda para mais em tempos de crise alguém dissertar sobre o Marketing dos Homens, o Marketing das Crianças, o Marketing dos Idosos e por ai fora. Sempre se ganharia alguns trocos.

Outro exemplo é o Marketing Político. Para mim, pelo menos em Portugal, não existe Marketing Político. O suposto Marketing Político que se faz em Portugal contraria em tudo a definição de Marketing. Para haver Marketing, é preciso que haja uma missão, uma visão, valores, objectivos, estratégia e controlo desses mesmos objectivos. Não conheço nada parecido em Portugal.

O que se faz em Portugal é meia dúzia de comíssios, umas tantas arruadas e visitas a feiras onde os candidatos fazem questão de distribuir beijinhos e folhetos, com o objectivo de ganhar o voto e nunca com o objectivo de cumprir o que quer que seja.

Mas depois deste folclore, quantas das promessas (objectivos) são cumpridos? E se não o são cumpridos, qual a razão para tal? De quem são as responsabilidades e quais são as consequências?

Nas empresas e agências, seja na área de Marketing seja noutra área, quem não cumpre é chamado à coação.

Tudo funcionará melhor se chamarmos os bois pelos nomes e não inventarmos conceitos que em nada fazem sentido e em nada contribuem para a evolução científico-cultural do nosso país.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Passar ou não Cartão? Eis a Questão

Já no próximo dia 1 de Setembro não poderemos passar o cartão nas caixas do Pingo Doce. Soube-se ontem que o Pingo Doce não irá aceitar pagamentos com cartão de crédito ou débito, caso o valor das compras sejam inferiores €20.

Muito se tem falado sobre o assunto e presumo que o falatório continuará, tal como aconteceu quando a Jerónimo Martins SGPS comunicou que a Sociedade Francisco Manuel dos Santos vendeu os 56,1% que detinha na Jerónimo Martins SGPS, dona do Pingo Doce, a uma sociedade sua subsidiária na Holanda.

A meu ver, e se nada na legislação determinar o contrário, este é um falso problema que se está a levantar e, literalmente, não vale a pena passar-lhes cartão.

Esquecendo as hipotéticas razões que levaram o Grupo Jerónimo Martins a tomar esta decisão:

  • cobrança de elevadas comissãos bancárias nos pagamentos com dinheiro de plástico;
  • forma de compensar o prejuízo que tiveram com a famosa promoção do dia 1 de Maio;
  • outra razão.

O facto é que, embora pouco cómoda para nós consumidores, é uma decisão, até ver, legal.

Independentemente do Pingo Doce ser classificado como loja de bairo/proximidade, supermercado ou hipermercado, o facto é que a maioria das pessoas aproveitam a proximidade das lojas para fazerem as suas compras semanais, ou até mesmo mensais.

Custa-me a acreditar que uma pessoa gaste apenas €20 nas suas compras semanais. Estaríamos a falar de um gasto médio diário na ordem dos €4, sensivelmente. Infelizmente e ao preço a que os produtos e serviços estão, não creio que tal seja viável.

Por outro lado, se os consumidores utilizarem esta cadeia de "mercearias" diariamente, com certeza não fá-lo-ão para fazerem compras de elevado valor. E agora com esta política de preço adoptada pelo Pingo Doce, até poderá ser uma vantagem para os consumidores, pois a compra será mais racional.

A meu ver acho que se utilizarmos esta cadeia de lojas para fazermos as nossas compras diárias ou mensais, parece-me que o problema não se coloca e continuamos a passar cartão normalmente. Já no caso das compras serem feitas diariamente pode haver vantagens para o consumidor se os mesmos forem racionais e não passarem cartão ao que vai sendo divulgado pela comunicação social.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Trabalhar a Marca

Será necessário sermos utilizadores de um produto para estarmos aptos a trabalhá-lo?

Para mim a resposta é fácil de dar e é "não". Se um homem gere uma marca de produtos de higiene corporal para mulheres, tem que ser utilizador de um produto como ceras depilatórias, ou tampões. E o mesmo se passa em casos menos flagrantes, como por exemplo, se um homem ou uma mulher trabalhar uma marca de bebidas espirituosas tiver que bebê-la, não sendo apreciador (ou não poder mesmo beber) álcool.

Então para trabalhar as marcas que qualidade devemos ter?

Para mim para trabalhar marcas (não confundir com trabalhar na marca) é preciso que haja o mínimo de empatia com a marca que trabalhamos. E a empatia pode ser o simples facto de nos identificarmos com os valores da marca. Ou sabermos que a nossa comunidade (família e amigos) consomem e apreciam os produtos dessa marca.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Scope Creep

A primeira vez que ouvi falar em "Scope Creep" foi numa aula de Sites, leccionada pelo Owner/Partner da Agência StepValue Web Intelligence, Pedro Vasconcelos.

O Scope Creep de um projecto, pode ser traduzido de diversas formas, por exemplo: âmbito arrastado, deformação de âmbito, âmbito movediço.

O âmbito de um projeto é uma espécie de lista do que será entregue ao cliente, e (tambem deveria ser contemplado uma lista daquilo que não será entregue). É um documento simples, que define limites do que deve ser feito. Uma vez que o documento foi visto, conjuntamente, entre cliente e agência, o documento está fechado. Significa então que existe um prazo estabelecido, um custo e o mais importante, um âmbito. As mudanças que sejam necessárias devem ser solicitadas, mas se saírem de controlo, a agência deve comunicar isso ao cliente.

Se isto (por muito que custe, pois não queremos clientes insatisfeitos ou "agressivos") não for feito, o âmbito do projecto aumenta e, consequentemente, fica difícil dizer não a outras mudanças que o cliente possa querer.

Portanto, para que se evite ao máximo o scope creep, eis algumas ideias chave:

  • utilizar as reuniões, nomeadamente a primeira, para ouvir as expectativas do cliente e esclarecer todas as nossas dúvidas;
  • consagrar prazos reais;
  • escrever as ideias base do projecto e dar esse documento a assinar ao cliente;
  • listar as tarefas prioritárias;
  • informar de imediato o cliente, caso se verifique que algo não está a correr (ou pode não correr) dentro do previsto. Por exemplo, devido à falta de recursos;

Por muito que nos custe, às vezes é preferível dizer de início, não a um pedido de um cliente, do que começarmos com o trabalho.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Casamentos, Facebook e Likes

A gestão de páginas de Facebook envolve muito mais que fazer posts. A gestão de comunidades é algo bem mais complexo do que se imagina. E só quando pomos as mãos na massa é que percebemos isso (eu que o diga).

A criação de uma Página de Empresa no Facebook é algo relativamente fácil e, a meu ver, será este um dos factores que contribui para a ideia (mais ou menos generalizada) que estar presente no Facebook é simples, fácil, barato e dá milhões.

Não pretendo entrar em muitos detalhes sobre qual o procedimento que uma Empresa/Marca, principalmente as que nascem só no Facebook, devem adoptar. Ou seja, aquelas pequenas e médias empresas que não têm qualquer tipo de notoriedade offline.

Mas vamos ao ponto que interessa. Gestores de páginas de Facebook de Empresas que nascem no Facebook não se deixem enganar, convidar todos os vossos amigos para fazerem um LIKE na vossa página não é a melhor solução. Mas pior que isto é "gerir" uma página de Facebook de Empresa, mas efectivamente a página é tem um perfil de pessoa. Ou seja, não nos pedem um "Like", mas sim para sermos amigos de uma empresa. Esta é de morte!

No segundo caso nem vou falar, já que é de morte. Mas relativamente ao primeiro caso, diria que é uma espécie de casamento por conveniência e que rapidamente resultará em divórcio. Significando divórcio não só o cancelamento a médio/longo prazo do LIKE na página, mas também o não prestarem atenção (interacção) ao que a Empresa faz e comunica no Facebook.

Duas boas opções para os gestores de página de Facebook dessas Empresas será:

  • informar os seus amigos que estão a gerir a página "X", mas sem pedir ou implorar pelo "Like" na página;
  • fazer uma campanha de Facebook Ads.

Em qualquer destas duas opções, se a página estiver a ser bem gerida, os "LIKES" aparecerão naturalmente.

Mas a gestão de páginas do Facebook não se restringe à angariação de "Likes". É um trabalho muito mais abragente e que não é objectivo deste post.

Vale a pena lembrar a quem gere páginas de Facebook que os casamentos por conveniência são oficializados com a assinatura, mas quando toca à interacção, ninguém interage porque não fazia parte do pacote matrimonial.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Comunicar e Vender no Facebook

Utilizar o Facebook como substituto do site é um erro. Utilizá-lo como plataforma de e-commerce é um erro ainda maior.

O Facebook é uma rede social e, como tal, o seu objectivo é proporcionar uma maior aproximação entre Empresa/Marca e os seus (potenciais) consumidores.

É errado pensar que o Facebook serve como plataforma de venda de produtos. Serve sim como plataforma para a comunicação da Empresa. E sobre isto, os temas podem ser vários, dependendo da estratégia de comunicação da Empresa.

Há coisa de meio ano, sensivelmente, tive um episódio durante uma entrevista, que espelha bem a falta de conhecimentos que algumas Empresas que estão a entrar no mercado têm sobre este assunto.

Em conversa com o Director dessa Empresa, perguntou-me algo como: "Como utilizaria o Facebook para a nossa Empresa?"

Ao que respondi algo do género: "O Facebook serve para comunicarmos com a nossa comunidade e, portanto, pensando em comunicação podemos fazer várias coisas. Agora, não podemos pensar que o Facebook serve para vender".

Posto isto, a resposta imediata do tal Director da Empresa foi: "Ai é? Pois eu fiz um post ontem sobre um determinado produto que temos e tive uma pessoa de outro país, a pedir-me informações sobre o preço, pois estaria interessado em comprá-lo. Com que então o Facebook não serve para vender? E o que me diz a este pedido? Foi um prazer. Em breve contactamo-lo".

Posto isto, está claramente visto que o senhor Director, para além de não perceber o que é comunicar, não percebe, também, o que significa vender.

Não entrando em muitos detalhes, uma venda significa que o consumidor comprou o produto, experimentou-o e não o devolveu. No caso, o que aconteceu, foi um simples pedido de cotação e de outras informações. Já agora aproveito para acrescentar, que no site da Empresa não constam informações sobre preços).

Ou seja, a pessoa estava a comunicar com a Empresa, porque queria mais informações sobre determinado produto. Se com isto pode-se concluir que se fez ou se está a fazer uma venda, acho que tenho de rever os meus conceitos de Marketing.

Efectivamente, o Facebook e outras redes sociais podem dar um boost nas vendas das Empresas, mas um anúncio de TV ou num jornal também podem e no entanto, não vamos vender para o jornal.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Toques Positivos

Quando comunicamos com alguém é importante que tenhamos alguma atenção a uma coisa que em psicologia se chama "Teoria dos Toques". Esta teoria defende que as pessoas para se manterem animadas e motivadas, necessitam dos chamados toques positivos. O toque não significa, necessariamente, termos de tocar no nosso interlocutor. Aliás, ninguém gosta de estar a ser constantemente tocado por outra pessoa enquanto ela fala.

Por outro lado, quando conhecemos alguém pela primeira vez o "aperto de mão" ou os dois "beijinhos" que trocamos são toques que podem funcionar como "construtores" da relação ou "destruidores" da relação. Quem gosta de conhecer uma pessoa ou ser apresentado a uma pessoa e não haver "espaço" para o cumprimentado?

O toque positivo pode ser, também, um abraço, a famosa palmadinha nas costas, se verdadeira, um estalo (toque negativo), etc.. Estes toques positivos animam, cativam e motivam as pessoas que o recebem.

Mas e se estivermos numa Empresa? Vamos desatar aos beijinhos e aos abraços cada vez que precisamos de uma tarefa executada? Ou vamos desatar a esbofetear os nossos colegas de trabalho porque não fizeram aquilo que nós queríamos? Logicamente que não, pois somos pessoas civilizadas. Mas há uma palavra mágica que funciona excelentemente bem como toque positivo e quando aplicada, por exemplo, no final de um pedido. Essa palavra é o Obrigado.

Mudando de assunto, ou melhor, indo um pouco mais longe e transpondo os toques palpáveis para o meio digital, não há toque mais positivo do que obtermos um "Like" num post que fazemos ou que partilhamos. Este aspecto é visível na forma como algumas marcas comunicam (aquelas que têm uma estratégia de comunicação digital) no Facebook.

Os posts devem ser planeados para "tocar" nas pessoas, para gerarem algum tipo de emoções nos seus consumidores. E se esse objectivo é conseguido, o consumidor retribui o toque, fazendo "Like" nesse post ou partilhando-o.

Podemos dizer que o "Like" é quase o equivalente ao tradicional, e cada vez mais em desuso, Obrigado.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Um Dia na Agência

O primeiro dia como estagiário, numa agência de marketing interactivo é, para um iniciado - não no mundo do trabalho - mas neste mundo, algo espantoso. É o mundo dos business managers, dos accounts, dos marketing consultants, dos designers, front-end developers, dos server-side developers, dos ITs, dos social media, etc. É um mundo completamente novo e uma sensação emocionalmente enervante.

É o dia em que nos dão as boas-vindas, nos desejam boa sorte e onde se acertam os últimos detalhes do estágio.

É o dia em que conhecemos os cantos à casa, onde nos apresentam nomes e caras novas, mas que no segundo seguinte já não nos lembramos delas.

É o dia em que nos mostram o nosso posto de trabalho e nos configuram o log in do computador e e-mail.

É o dia em que o nosso "chefe" nos presenteia com um café embalado com uma conversa informal sobre o funcionamento da Agência, e, acima de tudo sobre o trabalho que se espera de um marketeer estagiário.

É o dia em que o nosso "chefe" nos introduz como: "este é o João, o novo estagiário da minha equipa".

É o dia em que conhecemos os cantos à casa, onde nos apresentam nomes e caras novas, mas que no segundo seguinte já não nos lembramos delas.

É o dia em que recebemos e-mails de colegas que ainda nos são desconhecidos e de colegas que, embora conhecidos, o assunto e corpo do e-mail ainda nos é desconhecido.

É o dia em que nos começam a solicitar a nossa participação nas tarefas da equipa.

Mas tudo isto seria idêntico em todos os primeiros dias do resto das nossas vidas de trabalho numa Empresa, não estivéssemos a falar de um sonho de um marketeer: trabalhar numa agência do new business.

Dia 25 de Julho foi o dia em que esse sonho se tornou realidade. Foi o dia em que iniciei um estágio de Verão na Agência Fullsix.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Forma e o Conteúdo das Reuniões

Devemos dar às reuniões a importância que elas têm. Exactamente isso, a importância que elas têm. E a importância que elas têm, não depende da sua forma, mas sim do seu conteúdo.

É relevante a forma como convocamos a nossa equipa para as reuniões? É relevante se o fazemos por e-mail, por telefone ou falando com a pessoa à beira da sua secretária?

Talvez a forma conte alguma coisa, dependendo da cultura da Empresa em questão. Se for uma Empresa com procedimentos pouco flexíveis e com uma cultura mais tradicional, o envio da convocatória por e-mail é importante. Por outro lado, se for uma Empresa mais dinâmica e flexível, o envio do e-mail poderá ser substituído por um simples "aviso" verbal às pessoas com quem queremos reunir. Afinal somos profissionais responsáveis e devemos não esquecer esse "aviso".

Por sermos profissionais responsáveis é que aquilo que a nossa equipa (e outras pessoas que se apresentam à reunião) precisam para uma reunião é saberem estar e, acima de tudo, saber qual o assunto e o seu papel nessa reunião.

Portanto, e acima da cultura empresarial ou da flexibilidade dos seus procedimentos, o importante numa reunião é sempre o seu conteúdo (nomeadamente as suas conclusões) e não a sua forma.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ainda sobre o Nosso Plus Empresarial

Se "O Nosso Plus Empresarial" deve existir, o inverso também deve ser verdadeiro, ou seja a retribuição, ou se preferirmos, o reconhecimento da Empresa em relação ao nosso plus deve estar presente.

Só com esta simbiose é que as Empresas "podem" pedir o plus aos seus colaboradores. Esse plus que damos pode ser, por exemplo o aprofundar os nossos conhecimentos académicos para pô-los em prática na Empresa.

Havendo esta reciprocidade entre Empresa-Colaborador, podem conseguir-se as vantagens seguintes.

  • estabelece-se uma relação com muito mais confiança;
  • as Empresas crescerão a um nível mais elevado;
  • os colaboradores estarão mais motivados;

Sem o reconhecimento (reconhecimentos falsos ou planeados não trazem vantagens) daqueles que se esforçam, dificilmente as Empresas terão aquelas vantagens e, por consequência ainda que não se apercebam, tornam-se mais fracas.

A razão desse enfraquecimento é simples: se quem se esforça e dá o seu plus empresarial não é reconhecido no sítio onde trabalha, haverá alguém que, mais cedo ou mais tarde vai perceber que esse alguém é um bom investimento. Condição sine qua non para que isto se verifique, é que haja um bom e saudável funcionamento do mercado.

O país e as suas Empresas têm de saber-fazer e de saber-estar numa cultura de meritocracia.

Tudo isto porque, quer queiramos, quer não, todos nós nos somos burros atrás de boas e saborosas cenouras.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Nosso Plus Empresarial

O valor que cada um de nós dá (ou deveria dar) à Empresa onde trabalha é muito importante. E esta importância é recíproca, uma vez que a Empresa cresce com o plusque lhe acrescentamos e nós, automaticamente crescemos profissionalmente.

Mas para lhe podermos dar o tal plus é preciso tempo, e esse período de tempo não pode ser instantâneo. É necessário tempo para compreender e habituarmo-nos (não acomodarmo-nos) à Empresa ao nível do seu:

  • funcionamento interno - respeitante aos mecanismos interdepartamentais e às relações humanas e a forma como estas são, ou estão estabelecidas;
  • funcionamento externo - relacionado com a dinâmica da Empresa, com os seus stakeholders, nomeadamente, com os seus clientes.

Só quando compreendemos todo o mecanismo de toda a "máquina" é que podemos identificar, de forma capaz, quais os aspectos do funcionamento interno e/ou externo que podem e devem ser melhorados. É aqui que entra, sem dúvida, o nosso plus.

Este trabalho é árduo e contínuo para as pessoas que o perseguem. Para que a "máquina" seja bem compreendida, é preciso pelo menos 6 meses de trabalho. Óbvio, que este tempo está condicionado, não só às capacidades da pessoa, nomeadamente a de trabalho, como também, à dimensão e à organização da Empresa em causa.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Marcas e Prostituição

A relação que existe entre uma Empresa/Marca e os seus consumidores tem por base, o que todas as relações humanas têm - Confiança. Pelo menos, deve ser assim que as Empresas/Marcas devem pensar.

Os consumidores hoje em dia são cada vez mais inteligentes e têm mais poder de crítica e de decisão, algo que há cerca de 10 anos não seria tão linear como é hoje. É por isto que as Empresas/Marcas não se devem dar ao trabalho de se prostituírem, oferecendo por exemplo, descontos de mais de 50% num determinado período temporal, descurando o seu "claim".Se o seu "claim" indica os preços mais baixo dos mercado sempre, qual a necessidade de uma campanha de descontos de 50% num dia específico?

Se a resposta for a mudança estratégia, tem de haver uma estratégia a transversal que dê resposta a esses novos objectivo e a essa nova visão. Caso contrário será "One Day Standing". E quem diz, Empresas/Marcas que oferecem descontos, que não se coadunam com a sua estratégia, diz Empresas/Marcas que oferecem serviços ou produtos que não estão habilitadas para o fazer. Ou se o estão, não o estão de forma eficaz e eficiente e, então dão-se ao trabalho de se prostituírem.

As Empresas/Marcas devem limitar-se a fazer aquilo em que são eficientes e eficazes em coerência com a sua missão, visão, objectivos e estratégia. Ou seja, devem respeitar os seus consumidores.

As prostitutas ganham dinheiro porque o seu trabalho não é amar os seus "consumidores". É, apenas e só, satisfazê-los. De uma forma simplista e generalista, poderíamos dizer que a sua missão se traduziria no "claim" - "One Night Stand" - e os seus "consumidores" sabem e respeitam isso e mais importante, as prostitutas enquanto "marcas" respeitam-os.

Ao contrário, as Empresas/Marcas que querem adoptar uma missão de prostituição, mas tarde ou mais cedo perderão a confiança e o respeito dos seus consumidores.

Quem é bom e ganha dinheiro com a prostituição são as prostitutas(os), as Empresas/Marcas, mais tarde ou mais cedo, de alguma forma vão perdê-lo.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Briefing, a Agência e a Medicina

O que poderá ter em comum uma relação médico-paciente e uma relação agência-empresa que comercializa chocolates, por exemplo?

À primeira vista diríamos que "nada". Afinal, o que pode haver em comum entre um médico que ajuda pessoas que vão ter com ele queixarem-se de uma determinada patologia e entre uma agência de marketing e uma empresa que comercializa chocolates e precisa de mudar algo na sua estratégia de marketing.

Mas se pensarmos melhor, percebemos que existe pelo menos um ponto comum: o briefing.

O briefing é uma peça fundamental naquelas duas relações. O médico não consegue diagnosticar a patologia do seu paciente, se este não falar com ele abertamente sobre o seu problema; e todos os pormenores por mais ridículos ou desinteressantes que pareçam ao paciente, não podem ser escondidos do médico.

O mesmo se passa com a agência de marketing. Se a empresa que comercializa chocolates não for capaz de "briefar" a sua agência convenientemente, toda a estratégia de marketing fica em risco, desde o início. Por exemplo, é suposto que num briefing seja a empresa que comercializa chocolates, a informar a agência sobre o seu público-alvo, ou quais são os seus pontos fortes e pontos fracos.

Não existe médico algum (excepto o Dr. House) que consiga fazer um diagnóstico verdadeiro ao seu paciente, se este não o respeitar como profissional que é como quem diz, senão o "brifar" sobre todos os seus sintomas e histórico patológico. O mesmo comportamento deve ter a empresa que comercializa chocolates, caso contrário não há estratégia de marketing que resista.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Objectivos

Um Objectivo é algo que se tem em vista atingir – por definição, um objectivo tem que ser credível, isto é, não pode ser algo que seja manifestamente inatingível para que não origine a apreciações de desalento, de desinteresse ou de desmotivação. Em contrapartida, um objectivo, embora realizável deve sempre consubstanciar a necessidade prática de esforço dos que nele estão envolvidos porque, em última análise, a sua concretização é a expressão de uma melhoria que lhe está associada.

Os Objectivos devem ser definidos com as pessoas interessadas e nunca contra as pessoas interessadas. Mais, devem ser definidos em presença dessas pessoas. Se tal não acontecer, existe um elevado grau de probabilidade para a não realização desses objectivos. Em última instância porque as pessoas interessadas não os ouviram e, consequentemente, não os compreenderam. Todos os que estejam envolvidos directamente na definição de um objectivo têm que ser “ganhos”, convictamente, para a sua efectiva realização – se não existe esta convicção, melhor será ou desistir (o que não será a melhor solução) ou seleccionar outros intervenientes.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Reclamação do Cliente

Há uma frase que ainda é vulgar ouvir no meio empresarial:

“O Cliente tem sempre razão”.

Mas será que na realidade os consumidores têm sempre razão? Por muito que custe a algumas empresas ouvir, obviamente que os consumidores não têm sempre razão. Os consumidores terão razão, se aquilo que reclamam estiver contemplado ou é suportado pelos termos contratuais.

É por isso de extrema importância que todos os departamentos da empresa tenham conhecimento das especificações contratuais aceites e rubricadas por ambas as partes e que estejam abertos ao tal diálogo interdepartamental.

Mas hoje em dia com as redes sociais torna-se, por um lado torna-se difícil (pelo menos in real time) falarmos nos termos contratuais aos nossos consumidores e, por outro lado torna-se mais fácil aos consumidores reclamarem ou simplesmente apresentarem as suas frustrações com a marca nos meios on-line. E uma vez apresentadas essas reclamações e frustrações, está lançado o rastilho para que a imagem da marca comece a "pegar fogo", isto se a situação não for bem gerida.

Portanto é importante saber estar nas redes sociais, seja a Empresa/Marca por si, seja uma agência que age em nome dessa Empresa/Marca. É preciso estar atento:

  • ao tipo de comentários os consumidores fazem sobre a Empresa/Marca nesses meios
  • à forma como comunicamos com esses consumidores
  • à forma e ao tipo de resposta que damos às suas reclamações/frustrações
  • ao tempo de resposta a essas reclamações/frustrações

Por aqui se vê que, se para uma Empresa que não está presente nas redes sociais será fácil resolver uma reclamação (admitindo que há o diálogo interdepartamental), para as Empresas que optam por estar presentes nas redes sociais essa resolução já se torna mais complicada.

Para que essa resolução não se torne complicada é preciso haver:

  • bom senso
  • diálogo interdepartamental na Empresa e/ou na agência
  • diálogo entre agência e Empresa/Marca, no caso de ser uma agência a fazer a gestão da Empresa/Marca nas redes sociais

terça-feira, 19 de junho de 2012

Diálogo Interdepartamental

Se a Àrea das Operações de uma Empresa puder dispor da tecnologia adaptada às características dos produtos/serviços que tem de produzir/fornecer deve executar as tarefas que se constituem como sua responsabilidade com alta produtividade e aproveitando a capacidade instalada com o mínimo de “sobressaltos”.

A Àrea Comercial de uma empresa, entre outras, tem a responsabilidade de possibilitar a efectiva utilização da capacidade instalada na empresa através do desenvolvimento de uma actividade de prospecção do mercado e de negociações com clientes potenciais. Estas negociações deverão sempre ter em consideração, entre outros factores:

Características específicas dos produtos/dos serviços que a Área de Operações está apta a executar Custos internos de fabricação dos produtos/de prestação dos serviços; Preços de venda praticados no mercado relativamente aos produtos/serviços que estejam em causa.

Os dois primeiros factores podem aconselhar que a Àrea Comercial, antes de estabelecer as condições contratuais definitivas com o potencial cliente, tenha de requerer o parecer da Área de Operações acerca da possibilidade ou do interesse em passar a satisfazer o contrato que, ainda, esteja em negociação.

Esta metodologia de relacionamento entre orgãos funcionais distintos deve ser seguida porque, ainda em fase de negociação de um qualquer contrato, responsabiliza quem, efectivamente, tem de zelar pelo seu cumprimento na posterior fase de execução porque terá tido oportunidade de opinar sobre o seu conteúdo.

Daqui resulta, para todo o tipo de Empresas, que é melindroso angariar um cliente "a todo o custo". Todo o trabalho (ou não trabalho) que a área comercial teve ser em vão por sua própria culpa, no caso de não ter havido diálogo com as outras áreas. No caso de ter havido, a Empresa não está certamente a funcionar nas melhores condições.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Gestão e Responsabilidade Social

A Gestão Empresarial actualmente deve ter em conta a Responsabilidade Social.

Definindo-a cruamente, a Responsabilidade Social é a preocupação que as Empresas demonstram para com o meio envolvente, não só o interno (colaboradores) como o externo (sociedade).

Definindo-a teoricamente, com base no Triple Bottom Line, a Responsabilidade Social será o tipo de gestão que é norteada por objectivos relacionados não só com os proveitos, tal como era antigamente, mas também com uma preocupação com o Planeta e com as pessoas.

As Empresas têm de preocupar-se com os seus compromissos e objectivos económmico-financeiros, mas também não devem descurar os compromissos e os objectivos referentes aos outros 2 vectores - sociedade e ambiente. Actuando responsavelmente, as Empresas desenvolvem-se e promovem a sua própria sustentabilidade.

As empresas que admitam praticar (ou vir a praticar) a política de salários baixos é o mesmo que admitirem que não são socialmente responsáveis. Isto porque não se preocupam em cumprir com os objectivos dos vectores social e económico, sim económico também, se não vejamos.

Adoptando uma política de diminuição salarial, os colaboradores (social) dessa empresa ficarão socialmente e economicamente mais instáveis devido às consequências da perda de compra. A perda de poder de compra provocará, pelo menos, um estagnamento da economia (económico) do país onde a empresa está sediada e também opera. Ou seja, estarão reunidas premissas para que a Empresa possa ficar menos sustentável.

Mas tomemos como exemplo o contrário: uma Empresa que se esforça para melhorar o seu desempenho ambiental, esforço esse que pode ser visualizado, por exemplo, ao nível do investimento feito na adopção de Best Practices ambientais. Obviamente que uma Empresa que actua desta forma, preocupa-se em cumprir com objectivos económicos, sociais e ambientais.

Na perspectiva ambiental fica claro quais os objectivos que a Empresa cumpre e quais as vantagens que poderá recolher do seu cumprimento.

Olhando para o lado económico, a Empresa ao fazer o investimento (previamente estudado) irá melhorar a sua performance empresarial e o bem-estar dos seus colaboradores e das entidades ao seu redor. Mas também irá promover a imagem institucional da Empresa o que até poderá significar um aumento das vendas/carteira de clientes.

Pelo lado social, para além da melhoria do bem-estar dos seus colaboradores, no longo prazo estes poderão usufruir de outro tipo de regalias.

Todos temos que entender que a Responsabilidade Social não é um acto de caridade, tem sim de ser:

  • um acto de diferenciação relativamente às outras empresas concorrentes
  • uma forma de desenvolver a empresa e o país sustentavelmente
  • uma excelente forma de comunicação com todos os stakeholders empresariais

terça-feira, 12 de junho de 2012

Estratégia à Portuguesa

O que falta a Portugal há mais de 30 anos é uma estratégia.

Na época das chamadas "vacas gordas" o dinheiro que nos era enviado de Bruxelas era canalizado para formações, destruição de frota pesqueira, destruição de olivais e construção massiva de auto-estradas, entre outras tantas decisões erradas que se tomaram por não terem sido decisões tomadas assentes numa estratégia.

Na época das "vacas magras" (actual situação) o discurso que se ouve repetidamente é que Portugal deve olhar para o mar e para a agricultura. Se hoje se faz o elogio do mar e da agricultura, porque há 30 anos se destruiu a frota pesqueira e os olivais? A resposta é simples: não houve estratégia.

Por outro lado, são implementadas cegamente instruções que nos são impostas por Berlim (não há espírito crítico e estratégico para as refutar) que no curto e longo prazo irão empobrecer o país e as populações. Tudo isto em nome do cumprimento do défice externo.

Estes dois factores (o primeiro por si só seria suficiente) provam que quem está (e quem esteve) à frente dos destinos deste país nunca pensou no longo prazo, nunca pensou em estratégia.

Termos uma economia ao serviço do défice externo e não o défice externo ao serviço da economia, prova que não há estratégia.

Não há capacidade nem para traçar objectivos, nem para delinear planos. Resumindo, não há capacidade para pensar estrategicamente o país e traçar de início e em conjunto uma estratégia que nos torne diferenciáveis de quem também tem mar e terra e outros recursos e mais valias.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Fita Métrica

No mundo digital tudo é mensurável. Esta é a verdadeira vantagem do Marketing on-line em comparação com o tradicional Marketing off-line.

Para que possamos medir o que se passa on-line recorremos a diferentes métricas que são indicadores que nos permitem medir a performance e eficácia de uma determinada acção ou comportamento. É sobre algumas destas métricas que versa este post.

CPM - Custo por mil impressões. O CPM será o produto entre o valor do investimento e o nº de impressões

CPC - Custo por Click. Pode ser determinado pelo quociente entre o investimento e o nº de clicks

Impressões - Nº de vezes que determinado anúncio é visualizado pelo visitante

Clicks - Nº de vezes que é feito um pedido ao servidor pelo visitante

CTR - Clicktrough rate. Será a razão entre o nº de clicks e o nº de impressões de um determinado anúncio

CVR - Taxa de Conversão. Será a razão entre o nº de visitas e o nº de aquisições/vendas

CPA - Custo por Aquisição/Venda. Será o produto entre o CPC e o CVR

ROI - Return on Investiment ou Retorno do Investimento. Pode ser representado por (Receita – Custo)/Custo

Visitas - Nº de visitas que um site têm

Visitantes - Nº de utilizadores exclusivos que visitam a página diariamente

Visitantes Únicos - Quantidade de browsers com cookies persistentes que visitaram o site em determinado período de tempo. Cada browser é contado apenas uma vez nesse período

Páginas Vistas ou PageViews - Quantidade de vezes que uma página é vista

Taxa de saída - Nº de Visitas que deixaram uma determinada página. Será o rácio entre o nº de saídas da página e o nº total de pageviews dessa página

Bounce-Rate - Taxa de abandono que significa o nº de visitas que deixaram o site através da home/landing page. Será o quociente entre o nº total de visitantes que vêem apenas uma única página e o total de exibições da landing page

Haverá muito mais métricas que quem trabalha no digital terá de "ter à mão". Mas acima de tudo os clientes não devem preocupar-se com aquilo que quem trabalha nesta área "tem mais à mão", nem precisam de fazer fitas sobre as métricas ou querer um rol de métricas.

O que é verdadeiramente importante é saber quais as métricas a utilizar no controlo dos objectivos estabelecidos na estratégia.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Fenómeno da Long-Tail

A internet abriu as portas para novos concorrentes de empresariais a uma escala mundial. Com algum design e muito centralizados no cliente, alguns conseguiram tornar-se ainda mais profissionais e, nalguns casos, maiores do que as empresas existentes à data e com uma boa disponibilidade financeira. O próprio Google é exemplo disso. Na altura as grandes empresas concorrentes eram os portais, como o Altavista.

Outro aspecto importante que decorre do aparecimento da internet é que muitas destas start-ups poderam centralizar-se em aspectos específicos das necessidades dos consumidores - empresas de nicho. Desta maneira podiam ser mais relevantes do que aquelas que apostavam ou eram capazes de servir o mercado todo.

É aqui que entra a "Comida para Cães de Água de Cauda Longa". Ou seja, entra o fenómeno da Long-Tail, ou em Português da Cauda Longa. O fenómeno da Long-Tail é conhecido da área estatística e da área da economia - Lei de Pareto. A famosa regra dos 80/20; 20% dos clientes representam um volume equivalente a 80% da facturação total.

No caso do Digital podemos representar o fenómeno long-tail através dum gráfico em que no eixo do xx temos o "Nº de Keywords" e no eixo do yy temos o "Número de pesquisas ao longo do tempo".

Basicamente o que este modelo refere é que existem mais pesquisas por mês nas short-tail keywords, embora os resultados sejam mais amplos. Pelo contrário, nas long-term keywords as pesquisas por mês são menores, mas o resultado dessa pesquisa é mais “apurado” - mercado de nicho.

[Fonte: searchengineland.com]

Ou seja, quanto melhor, nós enquanto empresas ou potenciais empreendedores, conhecermos o nosso público-alvo individualmente, melhor estaremos preparados para identificar e explorar nichos que estejam em aberto e por satisfazer. Podemos estar a vender comida para cão, mas se calhar há muitos dos nossos clientes e outros potenciais clientes que necessitam de comida para cão de água de cauda longa.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Novo Consumidor e o seu Poder

A internet veio mudar a forma como a informação e o conhecimento são adquiridos. A informação e o conhecimento já não são um poder centralizado e hierarquizado, mas sim descentralizado e colaborativo. Ou seja, a internet, e, também no caso o Digital Marketing, vieram democratizar a informação e o conhecimento. Estamos perante uma mudança de paradigma. Se antes eram as Empresas/Marcas que detinham o poder (informação e conhecimento), agora são os consumidores que o têm e mais, podem partilhá-lo.

Esta partilha de poder por parte do consumidor, pode funcionar para as Empresas/Marcas como uma faca de dois gumes. Por um lado, o "buzz" que os consumidores fazem pode funcionar muito bem e como endorsement para as Empresas/Marcas. Por outro lado, o "buzz" pode ser completamente desastroso. Veja-se o que aconteceu recentemente com a McDonalds's, quando decidiu promover uma partilha de histórias entre a Empresa e os seus clientes - #McDstories. Ou veja-se o que aconteceu em Portugal com a EDP.

Com estes dois exemplos fica provado que existe (ou deve existir) uma uniformidade no fluxo de informação e do conhecimento, ou seja tem de haver uma uniformidade e uma reciprocidade na forma como as Empresas/Marcas comunicam.

Hoje em dia, os responsáveis de Marketing de uma Empresa não devem só querer ter um site - que muitas das vezes nem é pensado como um activo empresarial e, consequentemente, de forma estratégica. Devem sim, ter uma estratégia digital integrada e envolvente, e que possa ser potenciada pelas redes sociais. Isto porque é nas redes sociais onde se encontram os consumidores que criam conteúdo, interagem com os seus amigos (potenciais fans e consumidores), interagem com outros fans e interagem com as próprias Empresas/Marcas. Portanto, as Empresas/Marcas que queiram estar presentes nas redes sociais, devem ter um plano para tal, assim como têm (ou deveriam ter) um plano para estar presente numa revista ou numa campanha em determinada loja. Mais, se as Empresas/Marcas vão para as redes sociais interagir em tempo real com pessoas que têm o poder, têm de ser verdadeiras, autênticas e facilitadores, no sentido de terem jogo de cintura para resolverem focos de crise (ou mesmo uma crise) e de terem a capacidade de se reinventarem em cada post.

Tal como nos casamentos bem sucedidos, as Empresas/Marcas para terem uma vida longa e bem sucedida nas redes sociais tem de fazer com que os seus consumidores se apaixonem diariamente por si.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A importância dos Conteúdos

Em Social Media Marketing, o conteúdo é rei. As empresas que não tiverem presente esta premissa, mais cedo ou mais tarde vão tornar-se monótonas e os seus consumidores e fãs vão reparar.

O filme dirigido por James Cameron, baseia-se na histórica verídica do Paquete Transatlântico Titanic que na sua viagem inaugural, feita a 15 de Abril de 1912 entre Southampton e Nova York, naufragou no Oceano Atlântico Norte. Para dar um carácter mais romântico ao filme, Cameron introduziu a história de amor entre Jack - um "zé-ninguém" - e Rose - filha de uma família aristocrata americana.

O sucesso do filme (acumulou cerca de 1800 biliões de dólares de receitas em todo o mundo) ficou-se a dever as estes dois "key ingredients": história verídica e trágica de um navio que se afundou, em contraste com a história de amor entre 2 pessoas de classes sociais diferentes.

Relativamente ao primeiro "key ingredients" é conteúdo relevante e prende-nos a atenção, porque todos nós, uns mais outros menos, interessamo-nos por factos históricos. Gostamos que nos digam porque aconteceu; gostamos que nos contem como foi.

Quanto à história de amor é um conteúdo que para além de ter tornado o filme mais romanceado, é um "key ingredient" que , praticamente nunca falha e neste caso funcionou muito bem.

Já no "Ingrediente Secreto" - 2º programa mais visto na RTP 2 em 2011 - os "key ingredients" são o próprio Chef e anfitrião do programa, Henrique Sá Pessoa e a temática do do it yourself - DIY.

O Chef Henrique Sá Pessoa é um Chef que idealiza e confecciona pratos tradicionais, mas ao mesmo tempo dá-lhes uma roupagem e uma apresentação mais moderna. Por outro lado, é um Chef da nova geração que tem uma larga experiência internacional e de quem os portugueses gostam e apreciam.

Para além de ser O facto de ser uma ideia que para além de ter um formato e produção simples e eficazes tem por base o DIY (com facilidade, qualidade e requinte). Qualquer pessoa que assista ao "Ingrediente Secreto" fica com a certeza que é capaz de reproduzir as receitas do Chef e impressionar a sua família, os seus amigos, a sua namorada ou o seu marido.

Em Social Media Marketing temos de pensar exactamente da mesmo maneira. Ou seja, não devemos falar, apenas e só, de nós enquanto Marca, mas temos de fazer com que as pessoas se sintam identificadas e emocionadas com os conteúdos que lhes vamos proporcionando e que os reproduzam, quer seja participando, quer seja partilhando-os.

Não esquecer que todos nós agradecemos e, por vezes, emocionamo-nos com o conteúdo de um presente que nos é oferecido e não pelo tipo de papel de embrulho e pelo colorido do laço.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Design Thinking

Há tempos tive a experiência de participar num workshop sobre Design Thinking. A empresa promotora deste workshop actua na área de desenvolvimento de software e foram alguns dos seus colaboradores os orientadores desse mesmo workshop. Nunca tinha ouvido falar do termo "Design Thinking", embora no final do workshop tenha ficado com a ideia que todo o processo de Design Thinking (pelo menos aquele em que participei) sempre me foi familiar.

Todo o processo é feito em duplas. Existe um objectivo, que neste caso era o de redesenhar a "Experiência de Oferecer um Presente" e todas as fases têm um tempo para serem executadas.

A primeira fase do processo é a entrevista e serve para ganharmos empatia e, recolher o maior número de informações sobre o último presente que o nosso colega ofereceu a alguém.

Numa fase posterior é preciso descobrir as necessidades que levaram o nosso colega a oferecer aquele presente e, concluir sobre o tipo de pessoa o nosso colega é e sobre o tipo de sentimentos que nutre ao pensar em oferecer um presente a determinada pessoa. Se conseguirmos fazê-lo através de um desenho não há problema, o que é preciso é fazer com que o design da "Experiência de Oferecer um Presente" seja alavancado.

Na terceira fase redefinimos o problema, dando um nome e uma descrição ao conjunto de elementos experienciados pelo nosso colega. Ou seja, temos de pensar em todo o conjunto de elementos do "oferecer um presente a alguém"; pessoa que oferece, pessoa que recebe, situação, sentimentos experienciados, partilha, etc.. Neste ponto, tentamos também perceber qual a maior necessidade do nosso colega e entender como consegue suprimir essa necessidade.

Na fase da idealização ou da imaginação, desenhamos pelo menos 5 formas de ir ao encontro das necessidades que julgamos o nosso colega ter tido ao comprar o presente para oferecer. Partilhamos os nossos desenhos e ao mesmo tempo recolhemos todo o feed-back que nos for transmitido.

Já numa fase posterior de mais interacção e com base nesse feed-back desenhamos a Big Picture - Key Visual - sobre a nossa possível solução para o problema que o nosso colega tinha e nos transmitiu.

Por último temos a fase de construção, onde de acordo com os materiais disponíveis, prototipamos a nossa solução e recolhemos novo feed-back do nosso interlocutor.

Todas as empresas que trabalham na área de Marketing, Publicidade, Comunicação, Digital, (especialmente as trabalham como clientes) devem participar numa formação ou num workshop deste tipo. Afinal, o Design Thinking é resolver um problema de design partindo de premissas que nos foram previamente dadas, mas nunca discurando a parte da comunicação e esclarecimento de dúvidas. Ou seja, é transmitirmos algo a um especialista com o objectivo que eles nos resolva o problema da melhor maneira possível e que essa melhor maneira possível seja o mais próximo daquilo que idealizámos, vamos sentir ou vamos querer. Na vida todos nós passamos por processos de "Design Thinking", até no simples acto de irmos a uma consulta médica.

[Fonte: tomfishburne.com]

Business as Usual? Not Anymore!

A disciplina de Marketing tem vindo a evoluir desde 1970. Inicialmente, o Marketing (de produto)era visto como uma disciplina cujo objecto era identificar necessidades insatisfeitas nos consumidores e, posteriormente, conceber e desenvolver produtos/serviços que fossem capazes de suprimir essas necessidades. Ou seja, as Empresas e os negócios operavam numa óptica de mercado e não numa óptica de produção (como já referi neste blog). O importante é estudar o mercado, estudar os consumidores e os potenciais consumidores, estudar a concorrência, perceber os fornecedores, perceber o que estamos a fazer, como o queremos fazer e quando o queremos fazer. É preciso ter objectivos, ter uma estratégia e políticas que se adequém a essa estratégia.

Com o avançar do tempo e já perto dos anos 90, a disciplina de Marketing (de experimentação) preocupava-se não só em estudar as necessidades dos consumidores, como também em tentar manipular a percepção que os consumidores tinham das suas necessidades (para mim isto não é Marketing). E é nesta altura que a comunicação marketing - concretamente ou maioritariamente a publicidade televisiva - tem o seu boom. As marcas não comunicam, as marcas "gritam" com os consumidores, na expectativa que eles prestem atenção à sua mensagem, acreditem nela e ajam - comprem os produtos/serviços daquela marca.

Com o aparecimento da internet, também nos anos 90 em Portugal, aquilo que se verifica é uma transposição do que se passa nos meios off-line. Ou seja, a internet era vista como mais um meio de comunicação e era saturada com banners. O que se pretendia era tráfego, muito tráfego para os sites onde estavam colocados esses banners.

Aliás o termo CPM (Custo por mil impressões) em tudo está relacionado com os anúncios de imprensa off-line.

[Quem gritava mais alto? Telecel ou TMN?]

Mas o Marketing e o Emarketing inicial, já não se pode resumir à exploração de algumas das capacidades dos meios e da internet, já não se pode resumir ao arquétipo caracterizado por ser arquitectado, estruturado, hierarquizado, linear, centralizado, não-customizado e baseado naquilo que as empresas precisam (e a partir dos anos 90, não foi assim). As Empresas que continuarem a pensar desta forma deixam de ser relevantes, no mundo actual.

Afinal, o Mundo mudou e os negócios já não são como antes - business as usual!

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pensaram os vossos Sites?

O site é um activo da empresa. Como activo que é deve ser valorizado. O problema é que muitas empresas não o fazem. O processo de valorização de um site é idêntico ao processo de valorização de qualquer outro activo e começa pelo tempo. E que tempo? Pelo tempo que os responsáveis das empresas dedicam para pensaram em qual será o objectivo do site para a empresa, no que querem para o site, como querem o site e, em última estância onde querem o site.

Normalmente este processo de pensar o objectivo do site fica esquecido e aquilo que se procura é que o site esteja on-line o mais depressa possível e que tenha os botões para a "História", "Missão", "Valores" e "Contactos". Ou numa linguagem mais actual: "Quem somos", "Objectivo" e "Onde estamos".

Mas se as empresas querem ter retorno do investimento que fazem no site devem em primeiro lugar perceber que o site é um activo da empresa e em segundo lugar devem pensá-lo estrategicamente e em conjunto com o seu departamento de informática (se o tiver e se este tiver pessoas capazes para cumprir todas as etapas para a criação do site) ou em conjunto com a agência parceira que contratou.

As etapas em que as empresa e as agências devem pensar e participar conjuntamente são:

Descoberta – Neste fase identifica-se, em consonância com a visão da empresa, a razão para o desenvolvimento do site e qual a sua mais valia, quer para a empresa, quer para os clientes. Esta é a fase mais importante do projecto de desenvolvimento do site, pois se nesta fase não se definir bem qual o âmbito do projecto, qual o budget disponível, e quais os recursos disponíveis, a empresa e a agência não conseguirão sair do ponto de partida.

Definição – Nesta fase estipula-se o que tem de ser construído. É neste ponto que se identifica a estratégia a seguir: (definição de fontes de outsourcing, definição da tecnologia a utilizar, definição dos conteúdos e quem os fornece, definição de outros estudos.

Design – Nesta fase começa já a haver algum trabalho palpável de construção do site. Define-se a arquitectura da informação, o site map, as páginas e o seu flow process.

Na arquitectura da informação definem-se quais e como serão dispostos os conteúdos das diferentes páginas. O flow process está relacionado com a navegabilidade do site.

Desenvolvimento – Neste ponto começa-se a "verdadeira" construção do site. É nesta altura que começa a fase de programação dos conteúdos, criação das base de dados. Os textos e outros conteúdos também são inseridos nesta fase, tendo em conta a informação que o "Design" passou e a estratégia de SEO, se estiver contemplada no budget.

Teste – Neste estágio ir-se-á testar o site. Os testes devem ser feitos a dois níveis. Ao nível do servidor: testes de carga ao servidor, testes dos sites em diferentes browsers e em diferentes plataformas tecnológicas, teste ao back-office de uma possível loja on-line e sua base de dados, etc. O segundo tipo de testes são testes já da parte do cliente. E aqui testa-se a usabilidade do site junto de um focus group.

As duas últimas fases são a fase de colocação do site on-line e o follow-up. Nesta última fase devem-se guardar todas as indicações e contactos de possíveis equipas de outsourcing, passar o site para a manutenção com o respectivo plano e preparar a sua monitorização.

Ao navegarmos pela net e vemos os sites de empresas, quantas dessas empresas terão investido tempo a pensar os seus sites como activos empresariais?

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Problema de Expressão


A maioria das empresas de recrutamento e empresas que não recorrem a empresas de recrutamento, mas que estão a recrutar, têm um grave problema de expressão. O problema de expressão destas entidades é não saberem fechar o ciclo comunicacional. Iniciam o ciclo de comunicação, publicando anúncios de emprego e esperam que alguém fale com elas.

Os interessados dão continuidade ao processo comunicacional e enviam a sua candidatura e esperam ficam às espera que o ciclo de comunicação seja fechado pela entidade responsável pela publicação do anúncio. Isto independentemente da resposta que a empresa tem para dar ser positiva ou negativa. 

É uma regra básica de comunicação: respondermos a alguém que fala connosco, nem que seja para dizermos apenas "sim, obrigado" ou "não, obrigado".

Quando telefonamos ou enviamos uma carta/e-mail a alguém, pressupomos que esse alguém nos dê o respectivo feed-back. Possivelmente, algumas pessoas não darão feed-back se os nºs de telemóvel lhes forem desconhecidos. Mas uma resposta a um anúncio nunca é desconhecida. Os dados dos candidatos vão bem descriminados e nalguns casos até vão acompanhados de fotografia.

Portanto é muito importante que as empresas de recrutamento e as que recrutam não recorrendo àquelas empresas, planeem o seu trabalho para terem tempo de falar com todas as pessoas que foram educadas, deram continuidade ao ciclo de comunicação e arranjaram tempo para responderem ao seu anúncio. Foram as empresas que ao publicarem o anúncio, iniciaram o processo de comunicação, portanto cabe-lhes a simples tarefa de o fecharem.

Ao fecharem o ciclo de comunicação - nem que seja com um simples "Não, obrigado" - resolvem de uma vez por todas o seu problema de expressão. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Marketing e Comercial - Gémeos Falsos

Marketing é a função da empresa que estuda o mercado. E os mercados são compostos por diferentes forças, como são os fornecedores, os clientes, a concorrência, e até a própria legislação. É função dos Marketeers estudar essas forças e trabalhar os dados recolhidos para proporcionarem informação relevante à gestão intermédia e à gestão de topo das empresas para tomarem decisões.

Já a função comercial tem como objectivo puro e simples vender. Não há porque misturar a área comercial com a área de marketing. Se não existe uma Direcção de Marketing, não vale a pena dizer que a Direcção Comercial trata do assunto. Pode fazê-lo, assim como um enfermeiro pode fazer o trabalho do médico. As PMEs portuguesas para serem grandes empresas, têm de ter uma visão focada no mercado e não focada na produção. Têm de perceber aquilo que se passa à sua volta e não àquilo que têm em armazém para escoar. Ou seja têm de começar a pensar estrategicamente e não desenrascadamente.

Uma direcção comercial numa empresa desenrasca-a, uma direcção de marketing na empresa desenrasca-a, mas uma direcção comercial e uma direcção de marketing dirigidas e compostas por pessoas competentes pode tornar a PME numa grande empresa.

Com tecnologia do Blogger.

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