Mostrar mensagens com a etiqueta desemprego. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta desemprego. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O Mercado de Trabalho e a Crise

Todos sabemos que a taxa de desemprego em Portugal actualmente é das mais altas dos últimos 25 anos. Existem inúmeras para que este seja um facto inédito em Portugal, mas aquela sobre a qual as pessoas comentam mais é a crise. A malvada da crise é a responsável por estarmos na situação em que estamos. E, imagine-se, é verdade. Mas não é toda a verdade.

Existem muitos outros factores que contribuem de forma decisiva para que a taxa de desemprego esteja tão alta e, consequentemente, o mercado de trabalho venha a degradar-se cada vez mais levando para já cerca de 1 milhão de portugueses a andar pelas ruas da amargura.

Uma das razões pela qual o mercado de trabalho está como está, deve-se ao facto de haver Empresas a operar em todo o tipo de sectores (marketing, construção, design, arquitectura, direito, informática...) que são gananciosas e quererem contratar um empregado ao preço da uva mijona. E imagine-se, o Estado incentiva a esse tipo de contratação através de subsídios como o estágios ao abrigo do IEFP, o Passaporte Emprego, o Impulso Jovem, entre outros incentivos. Ora isto vai fazer com que as empresas no final do estágio se descartem dos estagiários, como se fraldas sujas se tratassem. E tudo o que eles fizeram, certamente, foi tudo menos sujar o seu trabalho e muito menos o nome da Empresa. Não é preciso citar nomes para ver como as coisas se processam, basta visitar o site Ganhem Vergonha.

Mas o aproveitamento de pessoas que querem trabalhar não termina no final do estágio, ou melhor pode terminar. Mas o gato sapato que fazem delas, por vezes começa bem antes, na altura de responderem aos anúncios.

Um pequeno parênteses, deixemo-nos de histórias e de trocadilhos sobre pessoas que querem trabalhar e pessoas que querem um emprego. Certamente quem diz isso não está a ganhar mal. E não nos podemos esquecer que o tempo dos senhores feudais e do esclavagismo foi bem lá atrás. Mais, este será um dos factores que irá contribuir para a degradação do mercado de trabalho em Portugal. Ainda assim, ressalvo que pode haver casos e casos de pessoas que infelizmente tem de se sujeitar, por imperativos e compromissos de vida a essas Empresas, na sua grande parte, exploradoras.

Voltando à resposta aos anúncios. Muitos dos anúncios que encontramos publicados, segundo aquilo que é noticiado são falsos: falsos porque publicam uma coisa e oferecem outra, falsos porque pura e simplesmente foram redigidos e publicados para inglês ver. Obviamente que isto é outra forma de desvirtualizar por completo o mercado de trabalho.

Eu próprio já passei por diversas situações infelizmente, mas saliento uma que classificaria no mínimo como ridícula! Enviei uma candidatura espontânea para uma agência em Lisboa, com poucos colaboradores e cujo objectivo principal é a activação de marca. Isto em Janeiro deste ano. E, qual no foi o meu espanto, o administrador agendou uma entrevista comigo. Bom sinal, pensei eu.

Cheguei à entrevista, conversámos. Eu apresentei-me e disse quais eram as minhas motivações para trabalhar naquela agência, ele explicou-me a história da empresa e o que pretendia de mim. Ainda trocámos umas ideias e palavras enquanto me acompanhava à porta e concluímos que tinhamos alguns contactos na área em comum, e que ele até já tinha oferecido a alguns familiares dessas pessoas estágios na sua Empresa.

No final, disse-me que a sua secretária ir-me-ia enviar um briefing de um cliente para eu resolver, após o qual e se tivesse, aos olhos dele, uma boa classificação, começaria a trabalhar. Ora estamos em Julho e o briefing ainda não chegou!

Obviamente que falei com ele entretanto sobre o assunto e o que ele me respondeu foi, pasme-se: "João, assim que houver algo interessante para partilhar consigo entramos em contacto.Um abraço,"

Fico a pensar, se quando houvesse algo interessante partilhar entraria em contacto, porque marcou a entrevista para 1 semana depois da candidatura? Não faria mais sentido, informar-me que tinha recebido a minha candidatura, que o processo de recrutamento deles passava pela "resolução" de um briefing e que, portanto, logo que recebessem um adequado para o efeito de recrutamento de certeza absoluta e sob a sua palavra de honra entraria em contacto comigo? Bom, se fosse eu o Client Service Director e se recebesse briefings muito esporadicamente, era isso que faria. e não brincava com as pessoas que precisam e querem trabalhar

Continuo com pensamento positivo, activo, com esperança e não faço distinção entre trabalho e emprego, pois o meu objectivo é apenas um e as Empresas/Agências perspicazes saberão qual é ele.

Com tecnologia do Blogger.

Procura

Swedish Greys - a WordPress theme from Nordic Themepark. Converted by LiteThemes.com.