quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Efeito Borboleta

Para que o trabalho de uma equipa corra bem é preciso que todos os elementos da equipa sejam inteligentes e prestem atenção aos detalhes. Afinal é nos detalhes que se encontra o diabo.

Mas para além do diabo se encontrar nos detalhes, não prestar atenção aos pormenores pode ter um efeito preverso no trabalho dos restantes membros da equipa.

Sendo a equipa constituída por pessoas, o trabalho de uma dessas pessoas influenciará o trabalho das outras. Estamos dependentes uns dos outros, e por vezes estamos mesmo dependentes de condições iniciais tratadas por alguns membros da equipa. E estas condições vão influenciar em muito o trabalho de toda a estrutura humana daquela equipa.

Evitar ao máximo a presença do efeito borboleta, torna-se uma mais valia para a dinâmica de trabalho.

As borboletas (sem qualquer sentido prejurativo) que ao baterem as asas executam determinada tarefa no local x, podem desencadear um sequência de fenómenos que provocarão um série de tarefas trabalhosas e penosas no local y onde estará outra borboleta (mais uma vez sem sentido prejurativo).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Marketings"

Há alguns anos foi lançado, pela editora Textos de Gestão o livro Marketing Pessoal. Mais recentemente foi lançado pela Oficina do Livro, um outro livro intitulado Marketing da Mulher.

Percebo que utilizar a palavra Marketing num livro seja uma alavanca para o aumento das suas vendas. Mas considero que se torna abusivo e descabido utilizar o Marketing para tudo e para nada. Neste caso é flagrante, já que sendo as mulheres pessoas, não deverá haver muita diferença entre os dois livros.

Li algumas das parte do livro Marketing Pessoal porque me foi oferecido e o que está lá é um resumo muito resumido daquilo que é o Marketing. É quase um livro de auto-ajuda, mas com uma base estratégica muito sintética.

Quanto ao livro Marketing das Mulheres não o li. Mas não deve haver grande diferença entre aqueles dois livros. E se houver, acho que seria uma boa ideia, ainda para mais em tempos de crise alguém dissertar sobre o Marketing dos Homens, o Marketing das Crianças, o Marketing dos Idosos e por ai fora. Sempre se ganharia alguns trocos.

Outro exemplo é o Marketing Político. Para mim, pelo menos em Portugal, não existe Marketing Político. O suposto Marketing Político que se faz em Portugal contraria em tudo a definição de Marketing. Para haver Marketing, é preciso que haja uma missão, uma visão, valores, objectivos, estratégia e controlo desses mesmos objectivos. Não conheço nada parecido em Portugal.

O que se faz em Portugal é meia dúzia de comíssios, umas tantas arruadas e visitas a feiras onde os candidatos fazem questão de distribuir beijinhos e folhetos, com o objectivo de ganhar o voto e nunca com o objectivo de cumprir o que quer que seja.

Mas depois deste folclore, quantas das promessas (objectivos) são cumpridos? E se não o são cumpridos, qual a razão para tal? De quem são as responsabilidades e quais são as consequências?

Nas empresas e agências, seja na área de Marketing seja noutra área, quem não cumpre é chamado à coação.

Tudo funcionará melhor se chamarmos os bois pelos nomes e não inventarmos conceitos que em nada fazem sentido e em nada contribuem para a evolução científico-cultural do nosso país.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Passar ou não Cartão? Eis a Questão

Já no próximo dia 1 de Setembro não poderemos passar o cartão nas caixas do Pingo Doce. Soube-se ontem que o Pingo Doce não irá aceitar pagamentos com cartão de crédito ou débito, caso o valor das compras sejam inferiores €20.

Muito se tem falado sobre o assunto e presumo que o falatório continuará, tal como aconteceu quando a Jerónimo Martins SGPS comunicou que a Sociedade Francisco Manuel dos Santos vendeu os 56,1% que detinha na Jerónimo Martins SGPS, dona do Pingo Doce, a uma sociedade sua subsidiária na Holanda.

A meu ver, e se nada na legislação determinar o contrário, este é um falso problema que se está a levantar e, literalmente, não vale a pena passar-lhes cartão.

Esquecendo as hipotéticas razões que levaram o Grupo Jerónimo Martins a tomar esta decisão:

  • cobrança de elevadas comissãos bancárias nos pagamentos com dinheiro de plástico;
  • forma de compensar o prejuízo que tiveram com a famosa promoção do dia 1 de Maio;
  • outra razão.

O facto é que, embora pouco cómoda para nós consumidores, é uma decisão, até ver, legal.

Independentemente do Pingo Doce ser classificado como loja de bairo/proximidade, supermercado ou hipermercado, o facto é que a maioria das pessoas aproveitam a proximidade das lojas para fazerem as suas compras semanais, ou até mesmo mensais.

Custa-me a acreditar que uma pessoa gaste apenas €20 nas suas compras semanais. Estaríamos a falar de um gasto médio diário na ordem dos €4, sensivelmente. Infelizmente e ao preço a que os produtos e serviços estão, não creio que tal seja viável.

Por outro lado, se os consumidores utilizarem esta cadeia de "mercearias" diariamente, com certeza não fá-lo-ão para fazerem compras de elevado valor. E agora com esta política de preço adoptada pelo Pingo Doce, até poderá ser uma vantagem para os consumidores, pois a compra será mais racional.

A meu ver acho que se utilizarmos esta cadeia de lojas para fazermos as nossas compras diárias ou mensais, parece-me que o problema não se coloca e continuamos a passar cartão normalmente. Já no caso das compras serem feitas diariamente pode haver vantagens para o consumidor se os mesmos forem racionais e não passarem cartão ao que vai sendo divulgado pela comunicação social.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Trabalhar a Marca

Será necessário sermos utilizadores de um produto para estarmos aptos a trabalhá-lo?

Para mim a resposta é fácil de dar e é "não". Se um homem gere uma marca de produtos de higiene corporal para mulheres, tem que ser utilizador de um produto como ceras depilatórias, ou tampões. E o mesmo se passa em casos menos flagrantes, como por exemplo, se um homem ou uma mulher trabalhar uma marca de bebidas espirituosas tiver que bebê-la, não sendo apreciador (ou não poder mesmo beber) álcool.

Então para trabalhar as marcas que qualidade devemos ter?

Para mim para trabalhar marcas (não confundir com trabalhar na marca) é preciso que haja o mínimo de empatia com a marca que trabalhamos. E a empatia pode ser o simples facto de nos identificarmos com os valores da marca. Ou sabermos que a nossa comunidade (família e amigos) consomem e apreciam os produtos dessa marca.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Scope Creep

A primeira vez que ouvi falar em "Scope Creep" foi numa aula de Sites, leccionada pelo Owner/Partner da Agência StepValue Web Intelligence, Pedro Vasconcelos.

O Scope Creep de um projecto, pode ser traduzido de diversas formas, por exemplo: âmbito arrastado, deformação de âmbito, âmbito movediço.

O âmbito de um projeto é uma espécie de lista do que será entregue ao cliente, e (tambem deveria ser contemplado uma lista daquilo que não será entregue). É um documento simples, que define limites do que deve ser feito. Uma vez que o documento foi visto, conjuntamente, entre cliente e agência, o documento está fechado. Significa então que existe um prazo estabelecido, um custo e o mais importante, um âmbito. As mudanças que sejam necessárias devem ser solicitadas, mas se saírem de controlo, a agência deve comunicar isso ao cliente.

Se isto (por muito que custe, pois não queremos clientes insatisfeitos ou "agressivos") não for feito, o âmbito do projecto aumenta e, consequentemente, fica difícil dizer não a outras mudanças que o cliente possa querer.

Portanto, para que se evite ao máximo o scope creep, eis algumas ideias chave:

  • utilizar as reuniões, nomeadamente a primeira, para ouvir as expectativas do cliente e esclarecer todas as nossas dúvidas;
  • consagrar prazos reais;
  • escrever as ideias base do projecto e dar esse documento a assinar ao cliente;
  • listar as tarefas prioritárias;
  • informar de imediato o cliente, caso se verifique que algo não está a correr (ou pode não correr) dentro do previsto. Por exemplo, devido à falta de recursos;

Por muito que nos custe, às vezes é preferível dizer de início, não a um pedido de um cliente, do que começarmos com o trabalho.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Casamentos, Facebook e Likes

A gestão de páginas de Facebook envolve muito mais que fazer posts. A gestão de comunidades é algo bem mais complexo do que se imagina. E só quando pomos as mãos na massa é que percebemos isso (eu que o diga).

A criação de uma Página de Empresa no Facebook é algo relativamente fácil e, a meu ver, será este um dos factores que contribui para a ideia (mais ou menos generalizada) que estar presente no Facebook é simples, fácil, barato e dá milhões.

Não pretendo entrar em muitos detalhes sobre qual o procedimento que uma Empresa/Marca, principalmente as que nascem só no Facebook, devem adoptar. Ou seja, aquelas pequenas e médias empresas que não têm qualquer tipo de notoriedade offline.

Mas vamos ao ponto que interessa. Gestores de páginas de Facebook de Empresas que nascem no Facebook não se deixem enganar, convidar todos os vossos amigos para fazerem um LIKE na vossa página não é a melhor solução. Mas pior que isto é "gerir" uma página de Facebook de Empresa, mas efectivamente a página é tem um perfil de pessoa. Ou seja, não nos pedem um "Like", mas sim para sermos amigos de uma empresa. Esta é de morte!

No segundo caso nem vou falar, já que é de morte. Mas relativamente ao primeiro caso, diria que é uma espécie de casamento por conveniência e que rapidamente resultará em divórcio. Significando divórcio não só o cancelamento a médio/longo prazo do LIKE na página, mas também o não prestarem atenção (interacção) ao que a Empresa faz e comunica no Facebook.

Duas boas opções para os gestores de página de Facebook dessas Empresas será:

  • informar os seus amigos que estão a gerir a página "X", mas sem pedir ou implorar pelo "Like" na página;
  • fazer uma campanha de Facebook Ads.

Em qualquer destas duas opções, se a página estiver a ser bem gerida, os "LIKES" aparecerão naturalmente.

Mas a gestão de páginas do Facebook não se restringe à angariação de "Likes". É um trabalho muito mais abragente e que não é objectivo deste post.

Vale a pena lembrar a quem gere páginas de Facebook que os casamentos por conveniência são oficializados com a assinatura, mas quando toca à interacção, ninguém interage porque não fazia parte do pacote matrimonial.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Comunicar e Vender no Facebook

Utilizar o Facebook como substituto do site é um erro. Utilizá-lo como plataforma de e-commerce é um erro ainda maior.

O Facebook é uma rede social e, como tal, o seu objectivo é proporcionar uma maior aproximação entre Empresa/Marca e os seus (potenciais) consumidores.

É errado pensar que o Facebook serve como plataforma de venda de produtos. Serve sim como plataforma para a comunicação da Empresa. E sobre isto, os temas podem ser vários, dependendo da estratégia de comunicação da Empresa.

Há coisa de meio ano, sensivelmente, tive um episódio durante uma entrevista, que espelha bem a falta de conhecimentos que algumas Empresas que estão a entrar no mercado têm sobre este assunto.

Em conversa com o Director dessa Empresa, perguntou-me algo como: "Como utilizaria o Facebook para a nossa Empresa?"

Ao que respondi algo do género: "O Facebook serve para comunicarmos com a nossa comunidade e, portanto, pensando em comunicação podemos fazer várias coisas. Agora, não podemos pensar que o Facebook serve para vender".

Posto isto, a resposta imediata do tal Director da Empresa foi: "Ai é? Pois eu fiz um post ontem sobre um determinado produto que temos e tive uma pessoa de outro país, a pedir-me informações sobre o preço, pois estaria interessado em comprá-lo. Com que então o Facebook não serve para vender? E o que me diz a este pedido? Foi um prazer. Em breve contactamo-lo".

Posto isto, está claramente visto que o senhor Director, para além de não perceber o que é comunicar, não percebe, também, o que significa vender.

Não entrando em muitos detalhes, uma venda significa que o consumidor comprou o produto, experimentou-o e não o devolveu. No caso, o que aconteceu, foi um simples pedido de cotação e de outras informações. Já agora aproveito para acrescentar, que no site da Empresa não constam informações sobre preços).

Ou seja, a pessoa estava a comunicar com a Empresa, porque queria mais informações sobre determinado produto. Se com isto pode-se concluir que se fez ou se está a fazer uma venda, acho que tenho de rever os meus conceitos de Marketing.

Efectivamente, o Facebook e outras redes sociais podem dar um boost nas vendas das Empresas, mas um anúncio de TV ou num jornal também podem e no entanto, não vamos vender para o jornal.

Com tecnologia do Blogger.

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