segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Mas, Porém, Todavia, Contudo

O "mas", o "porém", o "todavia" e o "contudo" são as preposições mas difíceis de ouvir, ainda para mais se trabalhamos nas indústrias criativas.

Por vezes o trabalho de um estratega, dum marketeer, dum copy ou de outra "espécie" de criativos é ter ideias e passá-las, de uma forma minimamente compreensível, para o papel. E isto, parecendo que não leva tempo e dá trabalho.

E quando este trabalho é apresentado ao cliente e este nos "cala" com um "é isso, mas é preciso mudar x, y e z, porque não temos budget, nem a, b nem c e d não está disponível, é pura e simplesmente ingrato.

Nós não temos culpa que não nos tenham dado o budget, não temos culpa que a pessoa x ou o elemento z que fazem parte da campanha e dão a cara pela marca, não tenham comunicado qual seria a sua disponibilidade para determinada acção.

Nós trabalhamos com o material que nos dão e se assim não o fizermos "shame on us", pois estamos a por-nos a jeito.

Não é justo "jogarmos" com determinadas regras quando se inicia ou jogo e a meio do jogo essas regras mudem. É preciso haver fair play criativo de ambas as partes, por muito que isso custe aos envolvidos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cabecinhas Pensadoras

Todos nós somos cabeças pensantes, ou como diria o outro, cabecinhas pensadoras.

É enervante que as pessoas que trabalham em Empresas/Agências pensem que se basta criar uns rectângulos num qualquer software e colocar os nomes das pessoas lá dentro passando a ideia de que elas terão de se comportar tal e qual cavalos em boxes.

Não defendo que exista desorganização e, muito menos defendo que exista uma promiscuidade entre os diversos departamentos. Até porque para que a máquina empresarial esteja bem oleada, é necessário que haja experts em cada uma das suas áreas de actuação.

Mas isto não significa que as pessoas tenham de estar consignadas apenas à sua disciplina. A meu ver é importante que as pessoas percebam o negócio no seu global. E têm de fazer um esforço para isso acontecer. É preciso conversar, mas conversar com calma e tendo sempre presente que todos trabalhamos em prol do mesmo objectivo.

É preciso perguntar se o departamento da qualidade pode fazer antes o procedimento da forma "X" e não da forma "Y". Ou questionar o departamento comercial sobre a hipótese de falar com o cliente para mostrar-lhe outra solução que não a que ele quer, mas que será mais fácil e melhor para ambas as partes.

Temos de mergulhar, ainda que não profundamente, em matérias que não as nossas, por forma a podermos aproximar-nos e trocarmos impressões, mas sem que se atrapalhe o trabalho uns dos outros). E hoje em dia com as novas tecnologias e com a quantidade de informação que temos à nossa disposição à distância de um click, tal não é difícil.

É preciso sermos cabecinhas pensadoras e criativas, é preciso ganharmos massa crítica para criticarmos aquilo que nos pedem; seja um cliente, seja um colega de trabalho, ou até mesmo um governo. De outra forma, seremos apenas robots e facilmente substituídos num futuro próximo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Return On Investement - ROI

As agências digitais (já nem falo nas outras) não são as tias Mayas do Digital e os clientes têm que perceber isso.

Mas mais do que os clientes perceberem que as agências não são Hogwarts School of Witchcraft and Wizardry, nem os seus trabalhadores são pequenos Harry Potters, as agências digitais, elas próprias, tem de fazer por isso.

É impossível a uma agência afirmar, para ganhar um concurso, que o cliente vai ter um ROI de "x" com a campanha "y" e com o copy "a" e design "b". Nunca na vida se pode afirmar tal coisa (nem no online, nem no offline), quanto mais prometer.

O ROI é a razão entre a diferença de receitas e custos sobre os custos. Matematicamente: ROI = (R-C)/C.

Julgo que a partir desta fórmula, fica claro para qualquer das partes (agência e cliente) que é impossível a qualquer uma das partes dizer que aquela campanha vai originar um ROI de "Z euros".

A agência tem e deve ouvir o cliente sobre as suas expectativas (e não certezas) quanto ao seu ROI. E, não a partir daqui, mas também com este membro da equação começar a trabalhar para que a campanha seja o mais rentável possível; tanto para cliente como para agência. Afinal todos queremos ganhar dinheiro.

Por isso senhores clientes, as agências digitais, podem conseguir medir o ROI ao longo da campanha, agora dizer cabal e previamente que o ROI vai ser "X" ou concordarem com o ROI que v/ex.as dão é o mesmo que serem Gasparzitos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Triste Portugal

Acima de tudo é importante participar e é por esta razão que o presente post não versa qualquer tipo de assunto relacionado com Marketing, Digital ou outra matéria da área, mas sim com a tristeza em que este país está mergulhado. Espero que não se torne um hábito, mas para tal não depende de mim, mas de todos nós.

Triste Portugal este que acorda todos os dias triste e deita-se todas as noites melancólico.

Triste Portugal este que tem um Primeiro-Ministro velhaco e matreiro que anuncia um discurso sobre mais medidas de austeridade para um horário que sabe que ninguém vai ouvi-lo com atenção porque o Zé Povinho está mais interessado na selecção e na tristeza do Cristiano Ronaldo do que naquilo que se vai passar nas suas vidas. Até certo ponto é compreensível, o Zé Povinho está farto de mentiras e charopadas e precisa de escapes, mas temos de resistir e ir à luta contra esta cambada que não tem nem princípios nem valores.

Entristece-me ver este Portugal que tem comentadores e líderes Laranjinhas cuja opinião muda consoante os seus interesses pessoais.

Triste Portugal este que tem um Primeiro-Ministro que não conhece a realidade do país que (des)governa. E mais grave e mais triste do que isso que esse mesmo Primeiro-Ministro não sabe um conceito básico de economia - falta de financimaneto. Pedro Passos Coelho não faz a menor ideia sobre o que é financiamento. Se fizesse aplicava medidas a favor do financimaneto das empresas e não a favor do desfinancimento das pessoas. Como é possível Pedro Passos Coelho pensar e afirmar que com um aumento de 7 pontos percentuais na Taxa Social Única dos Portugueses e que com a diminuição de 5 pontos percentuais na Taxa Social Única das Empresas vai resolver o problema do financiamento dessas empresas e o flagelo do desemprego? Para mim a resposta é simples: Pedro Passos Coelho nunca percebeu, não percebe nem nunca perceberá o que é Economia. Economia é mais do que números, economia são pessoas. Mas mesmo que fosse só uma questão de números, nem assim Pedro Passos Coelho chega lá. Porque ao aumentar-se a TSU dos colaboradores das empresas, vai provocar-se uma diminuição ainda mais acentuada no poder de compra dos portugueses, logo as empresas não vão vender mais (à excepção daquelas que maioritariamente exportam os seus bens e serviços). Perante isto a minha conclusão é que Pedro Passos Coelho é um completo analfabético económico.

Triste Portugal este que têm Juízes do Tribunal Constitucional mais preocupados com o seu umbigo e, portanto, só ficaram satisfeitos quando os privados foram abrangidos pelas medidas de austeridade tal e qual a função pública onde esses "brilhantes" Juízes picam o ponto. Por só se preocuparem com o seu umbigo, estes Juízes Constituintes não se conseguem distanciar, perceber, definir e clarificar o que é o conceito de equidade. Tentando explicar a essas mentes brilhantes com um exemplo gráfico e infantil: equidade não significa comerem todos pela mesma medida. Equidade significa comer mais quem têm mais fome e comer menos quem tem menos fome.

Triste Portugal este que tem um Primeiro-Ministro que não respeita a Constituição nem as decisões, ainda que pouco brilhantes, dos Juízes do Tribunal Constitucional.

Triste Portugal este que tem um Presidente da República que só está preocupado com o seu feudo na Quinta da Coelha e que assiste ao desmoronar do país como se de um espetáculo cómico se tratasse.

Enerva-me "não saber" porque razão só o factor trabalho da classe média é taxado à grande e à portuguesa. Sim, à portuguesa, porque o Primeiro-Ministro de França tem em vista taxar em 75% os rednimentos superiores a um milhão de euros anuais. Cá opta-se apenas por elencar as supostas medidas que em nunca afectarão os barões que destruiram este país. Pedro Passos Coelho é a tal ponto um analfabeto económico que não percebe que a classe média e a força motriz deste país. Portanto taxar o trabalho da classe média só vai contribuir para destrui-la e ficarmos igual ao Brasil pré-Lula. Passos Coelho, existem e importa taxar outros factores que não o trabalho, como seja o factor capitais!

Entristece-me dizer que não tenho orgulho em ser Português e muito menos tenho orgulho em ser Europeu. Para mim o que Portugal tem de bom desde que me conheço é a sua comida, as suas paisagens e a simpatia e hospitalidade das suas gentes. Ou seja, sinto-me um turista neste Portugal (des)governado por chicos-espertos e mentirosos de primeira qualidade.

Não podemos continuar calados e sentados de braços cruzados. Já sabemos que Pedro Passos Coelho não vai baixar os braços e vai continuar a massacrar-nos, por isso não baixemos nós também os braços. Vamos agir, temos que sair à rua, temos de combater todos os canalhas e toda a canalhice que nos andam a fazer, temos de derrubar este Governo, porque não cumpre o objectivo de nos governar, mas sim desgovernar. Portugal merece mais. Nós merecemos melhor do que pessoas burras, mentirosas, sem escrúpulos e incompetentes.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Quality Score

Existem diversos factores que influenciam o Quality Score de uma campanha de Google Adwords - Pay-per-Click. Mas desses factores, podemos descriminar os seguintes:

  • Relevância da Keyword;
  • Histórico da Campanha;
  • Copy do Anúncio;
  • Landing Page;

Vamos ver, com mais detalhe, como cada um destes factores influencia o Quality Score da campanha Pay-Per-Click.

  • Relevância da Keyword. Se nós estamos com uma campanha a anunciar "festas de aniversário para crianças", não fará sentido (e prejudicará a nossa campanha) se tivermos uma keyword relacionada com computadores, ou com material escolar. A keyword tem de ser relevante para todo o site, mas nunca discurando o anúncio.

  • O Histórico da Campanha também é algo que é tido em conta pelo Google. Ou seja, campanhas que já tenham sido criadas anteriormente terão do Google um "prémio" por já estarem na sua plataforma de Adwords. É uma forma de compensar aquelas campanhas que, consistentemente, mantêm as suas laning pages e os seus anúncios relevantes.

  • Copy do Anúncio. O copy do nosso anúncio tem de ser relevante. Imaginando que estamos a anunciar "festas de aniversário para crianças", não fará sentido ter um copy como por exemplo "Todo o tipo de Festas" ou "Despedidas de Solteiro". Temos de ser criativos e procurar em todo o léxico de palavras relacionadas com "festas", "aniversário" e "crianças", palavras que depois vão ao encontro daquilo que queremos anunciar, mas também ao encontro do copy e outros elementos que temos no nosso site.

  • Landing Page que é página para a qual somos redirecionados quando clicamos no anúncio de texto. A nossa Landing Page, por forma a influenciar positivamente o nosso Quality Score, deve ter no seu copy as mesmas keywords que estão contempladas no nosso anúncio de texto, para além de outros detalhes relacionados com esse mesmo anúncio. Significa isto que se estivermos a anunciar "festas de aniversários para crianças", é importante que a nossa landing page contenha, por exemplo, fotos de crianças.

Se todos estes factores estiverem bem conjugados, o nosso CTR - Click-through rate irá ser melhor e a toda a nossa campanha irá ter uma melhor performance. Isto porque o Google assume que taxas de CTR mais elevadas darão uma maior relevância aos anúncios e às próprias landing pages.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Medicamentos

Se existe exemplo de indústria onde cada vez mais os consumidores se sentem insatisfeitos, é a indústria farmacêutica.

A indústria farmacêutica enquanto deu, tratava os seus consumidores nas palminhas.

Os famosos delegados de informação médica (DIM) eram pagos a preço de ouro para venderem medicamentos a médicos e farmácias que, na teoria, tinham obrigação de saber mais do que eles. Para além do ordenado chorudo, as empresas farmacêuticas ainda pagavam aos seus DIMs davam-lhes carro, gasolina, ajudas de custos. Tudo e mais um par de botas para que eles tivessem toda a pujança necessária para conseguirem colocar um médico a prescrever o medicamento dessa farmacêutica. Os médicos por sua vez prescreviam esse medicamento aos seus pacientes e, por último estes aviavam-nos na farmácia.

Agora que o país está em crise, a indústria farmacêutica esquece todos os seus consumidores e olha apenas para o seu umbigo, nem que para isso seja preciso mandar os ditos DIMs em visita aos hospitais e clínicas, para informarem os médicos que já não vão vender os medicamentos X, Y, Z. Situação esta que se torna muitas vezes melindorsa, pois existem doentes com determinadas patologias que só respondem a determinadas terapêuticas que calham a não existir mais em Portugal.

Mais, este facto funcionará como uma das razões para se deixar de praticar a medicina activa. Isto porque, por norma, os medicamentos que não são descontinuados são aqueles que possuem na sua composição todos os igredientes e mais alguns e não só apenas os necessários para o tratamento da patologia. Por exemplo, um paciente que vá ao médico para tratar um problema de pele e que necessite que o médico lhe receite um medicamento com ácido salicílico e zinco, não terá sorte. Isto porque o médico só lhe poderá receitar um medicamento com ácido salicílioc, zinco e cortizona porque são os únicos existentes no mercado. Porquê? Porque são os únicos que dão margens de lucro mais elevadas às empresas farmacêuticas.

Ora se esta realidade se mantiver, deixará de haver (ainda mais) a tal medicina de proximidade, porque vamos ao médico não para sermos receitados com o medicamento que precisamos, mas sim com aquele que existe no mercado, porque as farmacêuticas assim o querem.

Mas como se isto não bastasse, ainda temos o exportação e as rupturas de stock nas farmácias, algo que é ilegal.

A exportação de medicamentos carece de uma autorização expressa do Infarmed, por forma a garantir primeiro a existência de um número mínimo de embalagens disponíveis nas farmácias para responder às necessidades dos utentes. Mas o que muitas vezes acaba por acontecer é que a indústria fornece os distribuidores de acordo com o pedido das farmácias, mas depois estes acabam por vendê-los a outros países onde o preço dos remédios é mais caro, por exemplo à Alemanha. Desta forma obtêm margens de lucro superiores e deixam as farmácias nacionais sem embalagens para satisfazer a procura dos utentes.

É aqui que reside a ilegalidade, que prejudica todo o ciclo de consumidores. Isto admitindo que a indústria cumpre todos os requisitos para a exportação de medicamentos.

Toda esta indústria, onde os pacientes que são so principais consumidores são os doentes, são aqueles que saem mais prejudicados. É um exemplo cabal em que as necessidades dos consumidores não só não são satisfeitas, como não são tidas em consideração.

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