terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Graph Search e o Like Button

O Facebook lançou este mês uma nova ferramenta de pesquisa: Facebook Graph Search (FGS). O Facebook Graph Search funcionará como um motor de pesquisa, mas dentro desta rede social. Ou seja os membros do Facebook poderão pesquisar por pessoas (e subtil e indirectamente por empresas) através de fotografias, lugares e interesses.

As Pessoas

Para que a ferramenta Graph Search funcione em pleno é preciso que os utilizadores da plataforma mantenham as suas informações actualizadas e, também convém para um enriquecimento dos resultados da pesquisa, que aquelas sejam públicas.

As Empresas

Uma das tendências do digital é a utilização das redes sociais por parte das PMEs para alavancarem a sua visibilidade e, consequentemente, o seu negócio. O Graph Search é uma óptima ferramenta para potenciar essa visibilidade. Mas para que tal aconteça é necessário que dois aspectos sejam tidos em conta:

  • as empresas (ou as pessoas/agências) devem configurar correctamente a sua página nesta rede social e devem disponibilizar o máximo de informação sobre o seu negócio e que seja relevante, quer para os seus fãs/seguidores, quer para a própria pesquisa no Graph Search;

  • criação e disponibilização de conteúdos que tornem o engagement com os seus verdadeiro.

O Like Button

Assim sendo, o Like button do Facebook vai desempenhar um papel fundamental. Digo vai, porque em termos de métrica, os "likes" numa página pouco valor tinham. Lógico que não há melhor creme para massajar o ego de uma marca, do que saber que tem mais fãs na sua página do Facebook do que a concorrência tem. Mas não é líquido que tendo uma marca um maior número de fãs na sua página de Facebook, os mesmos sejam mais activos e mais participativos.

Com o Graph Search, o Like Button da(s) página(s) passa a ter um valor "inestimável" para a empresa com presença nesta rede. Se os utilizadores procuram informações e conselhos sobre os seus amigos no Facebook, os restaurantes, os ginásios, as escolas, os refrigerantes entre outros produtos e serviços, é natural as páginas de Facebook com maior número de "GOSTOS" dentro do nosso grupo ou rede de amigos de repente seja uma grande vantagem sobre a concorrência.

Ora, perante este raciocínio é honesto concluir que com o Graph Search a funcionar em pleno, o Facebook aproveitará para rentabilizar essa rede de pesquisa, colocando publicidade contextualizada dentro dos resultados que o utilizador obtém na pesquisa que faz.

Também é honesto concluir, ou pelo menos presumir que poderá ser necessário criar um mecanismo/ferramenta por forma a que páginas das marcas se tornem relevantes nos resultados de pesquisa do Graph Search, algo idêntico ao SEO. Talvez um Search Graph Optimization.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Mala Chanel trama Pépa e Desnorteia Samsung

No último post opinei sobre o dia menos feliz da Sumol nas redes sociais. Mas esse 10.01.13 não foi um dia mau, em termos de Social Media, apenas para a Sumol. A Samsung também se viu confrontada com uma crise no online.

O tema da campanha da Samsung é (ou era) "Para 2013 Desejo by Samsung". A marca associou-se a 5 bloggers de moda: Maria Guedes (Stylista), Tiago da Costa Miranda (…And This is Reality), Susana Rodrigues (The Stiletto Effect), Rodolfo Morgado (Lab Daily) e Pepa Xavier (Fashion-a-Porter).

Basicamente aquilo que se pretendia com a produção desta campanha era colocar estes bloggers a falarem sobre o ano transacto e sobre os seus desejos para 2013. Tudo isto, de uma forma descontraída e com planos de filmagem de produtos da Samsung.

Confesso que o primeiro vídeo que vi foi o da Filipa Xavier (Pépa para os amigos) e para além de não achar nada de mais, fiquei sem perceber qual era o objectivo da Samsung com aquela campanha. Fui visualizar os restantes 4 vídeos e continuei sem perceber qual o objectivo da Samsung com a campanha ou com estes vídeos.

Aliás, a campanha da Samsung sugere-me uma autopromoção dos próprios bloggers e não da Samsung, ainda que o endorsement seja feito. Contudo este product placement é totalmente mal feito, com planos de filme mal conseguidos onde mal se vê a marca Samsung dos produtos que aparecem nos vídeos. Fico a saber que os vídeos são para a marca Samsung devido às vinhetas inicial e final.

No entanto, todo o celeuma levantado nas redes sociais ficou a dever-se aos desejos da Pépa para 2013, em que um deles era ter uma mala preta da Chanel - comprada com o seu próprio dinheiro. Qual o problema disto? Para mim nenhum. Mas foi esta mala preta da Chanel que tramou a Pépa e que desnorteou a Samsung.

A campanha em si, a meu ver é fraquinha e, coincidência ou não, toda a produção dos filmes ficou a cargo de ...And This is Reality - uma empresa de um dos bloggers que participa na campanha: Tiago da Costa Miranda.

Muito já se falou sobre o assunto, portanto não vou estar a escrever um texto exaustivo sobre o sucedido, antes prefiro dar 3 notas.

  1. O facto de a Samsung ter apagado os vídeos do seu canal oficial do Youtube, demonstra falta de respeito para com os bloggers;
  2. Se o problema estava no (conteúdo/forma)do vídeo da Pépa, a decisão de retirar os 5 vídeos foi precipitada e uma má decisão. Capitalizar a situação a favor da Samsung era o mais sensato embora, talvez, admito, o mais difícil;
  3. O pedido de desculpas da Samsung demonstra que não percebeu as críticas e que não percebeu o foco dessas mesmas críticas, ou seja, arrisco-me a dizer que não percebeu a própria campanha. Caso contrário não teria pedido desculpas, ou em primeira análise não teria aprovado a campanha.

Perante isto, a Chanel continua na moda, a Pépa ficou na moda, até é convidada do Jornal da Noite da SIC (ao que isto chegou) e a Samsung, principal interessada nisto tudo, deixou de estar na moda.

NOTA:

  • Tenho produtos Samsung em casa;
  • Não é meu objectivo denegrir a marca Samsung, nem as pessoas que gerem a sua presença online ou a agência que em nome da Samsung executa esse trabalho;
  • Pretendo apenas expressar a minha visão sobre este assunto.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um Dia Menos Feliz para a Sumol nas Redes Sociais

As marcas Sumol e Samsung, com presença nas redes sociais, viram no dia 10.01.13 as suas páginas de Facebook inundadas de comentários negativos feitos pelos seus seguidores (ou não), ainda que por motivos diferentes.

Antes de qualquer opinião, importa dizer que a Sumol com certeza tem momentos brilhantes de gestão de crises online e até mesmo momentos de proatividade relativamente a acções com os seus seguidores e fãs. De certeza que esses momentos serão em muito maior número, caso contrário já não teria presença online. Portanto os meus parabéns por tal facto. No entanto, os momentos maus também acontecem e, infelizmente ou felizmente (pois é com os erros que se aprende e se melhora) o dia 10.01.13 foi um dia menos bom para estas duas marcas. Espero sincera e honestamente que os momentos brilhantes regressem e que se possam também ecoar. Há que fazer por isso.

Passando ao caso, aa Sumol, a marca viu-se confrontada com um comentário no seu mural, feito por "alguém" com uma foto de perfil de um pato e de nome Snow Winter. No comentário feito por Snow Winter pode ler-se: "devido ao anúncio de 70 trabalhadores, vou considerar o não consumo de Sumol laranja. Obrigado". Passados 40 minutos, alguém da marca ou alguém que age em nome da marca numa agência, resolve responder com o seguinte: "Sempre tens o ananás, o limão e o maracujá!". Estava aberto o caminho para uma grande discussão.

À primeira vista a resposta da Sumol ao comentário feito pelo Snow Winter segue a linha de comunicação que a marca tem no Facebook. Só que o problema da resposta não se coloca ao nível da forma da comunicação, mas sim ao nível do conteúdo. E o conteúdo adoptado pela Sumol foi tudo, menos abonatório para a reputação online da marca.

O trabalho das pessoas que estão à frente da gestão de comunidades online é o de antecipar crises e se estas acontecerem, geri-las da melhor forma possível. Aquilo que aconteceu foi a criação de uma crise. A pessoa responsável pela resposta (que quero acreditar tenha sido pensada e trabalhada em equipa) criou uma crise sem motivo aparente.

Muito embora o comentário do Snow Winter tenha sido absurdo, também no seu conteúdo, a marca não pode responder desta forma. Volto a frisar, a resposta da Sumol é num estilo de "Sumol Original" e com humor negro, mas que apesar de tudo demonstra falta de tacto e de sensibilidade perante a situação criada. Mais grave, encerra em sim um desconhecimento e de desinteresse quanto aos 70 trabalhadores e respectivas famílias. Se a Sumol vive momentos difíceis que a levam a decidir pelo despedimento de pessoal, não precisa que criem mais situações que a obriguem desnecessariamente a viver mais momentos de crise, desta vez no online.

Mais tarde a Sumol no seu mural pediu desculpas pela resposta ao post do Snow Winter. Posteriormente ao pedido de desculpas da marca de sumos e refrigerantes, o tal Snow Winter apagou comentário feito.

Terá o Snow Winter agido de má fé? Talvez. Mas uma marca não se pode dar ao luxo de responder daquela forma. Seja a sua presença online gerida internamente ou por entreposta agência, neste último caso, mais grave se torna a situação.

NOTA:

  • Sou consumidor dos sumos e refrigerantes Sumol;
  • Não é meu objectivo denegrir a marca Sumol, nem as pessoas que gerem a sua presença online ou a agência que em nome da Sumol executa esse trabalho;
  • Pretendo apenas expressar a minha visão sobre este assunto.

Com tecnologia do Blogger.

Procura

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