segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Marketings"

Há alguns anos foi lançado, pela editora Textos de Gestão o livro Marketing Pessoal. Mais recentemente foi lançado pela Oficina do Livro, um outro livro intitulado Marketing da Mulher.

Percebo que utilizar a palavra Marketing num livro seja uma alavanca para o aumento das suas vendas. Mas considero que se torna abusivo e descabido utilizar o Marketing para tudo e para nada. Neste caso é flagrante, já que sendo as mulheres pessoas, não deverá haver muita diferença entre os dois livros.

Li algumas das parte do livro Marketing Pessoal porque me foi oferecido e o que está lá é um resumo muito resumido daquilo que é o Marketing. É quase um livro de auto-ajuda, mas com uma base estratégica muito sintética.

Quanto ao livro Marketing das Mulheres não o li. Mas não deve haver grande diferença entre aqueles dois livros. E se houver, acho que seria uma boa ideia, ainda para mais em tempos de crise alguém dissertar sobre o Marketing dos Homens, o Marketing das Crianças, o Marketing dos Idosos e por ai fora. Sempre se ganharia alguns trocos.

Outro exemplo é o Marketing Político. Para mim, pelo menos em Portugal, não existe Marketing Político. O suposto Marketing Político que se faz em Portugal contraria em tudo a definição de Marketing. Para haver Marketing, é preciso que haja uma missão, uma visão, valores, objectivos, estratégia e controlo desses mesmos objectivos. Não conheço nada parecido em Portugal.

O que se faz em Portugal é meia dúzia de comíssios, umas tantas arruadas e visitas a feiras onde os candidatos fazem questão de distribuir beijinhos e folhetos, com o objectivo de ganhar o voto e nunca com o objectivo de cumprir o que quer que seja.

Mas depois deste folclore, quantas das promessas (objectivos) são cumpridos? E se não o são cumpridos, qual a razão para tal? De quem são as responsabilidades e quais são as consequências?

Nas empresas e agências, seja na área de Marketing seja noutra área, quem não cumpre é chamado à coação.

Tudo funcionará melhor se chamarmos os bois pelos nomes e não inventarmos conceitos que em nada fazem sentido e em nada contribuem para a evolução científico-cultural do nosso país.

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