segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ciclo Vicioso de Oportunidades

Acredito que as pessoas do nosso país estejam dispostas a deslocarem-se, com o objectivo de agarrar uma nova oportunidade profissional, para outra cidade, ou até mesmo para outro distrito.

Calculo que não seja objectivo das pessoas, mas neste momento não se importarão de mudar de cidade ou de distrito para conseguirem um novo desafio profissional.

Não se importarão, se bem que será frustrante, iniciarem um novo desafio profissional noutra área que não a delas.

Mas não basta não se importarem, é preciso que a outra parte - Empresa - também não se importe. Que não se importe em remunerá-las por forma a que seja economicamente viável a sua deslocação para outra cidade.

Mas a realidade é que com esta política salarial que o Governo insiste em adoptar, sob o lema e o compromisso mentiroso de aumentar a competitividade de Portugal, não faz com que seja possível uma mobilidade geográfica das pessoas. Pelo contrário, esta política vai provocar um efeito contaminador ao sector privado (que já se verifica), em que as empresas deste sector vão querer pagar o menos possível pelo trabalho de um colaborador. E isto é tanto verdade quer estejamos a falar de empresas ditas grandes e reconhecidas, estejamos a falar de um bom um de um mau colaborador.

Criaram um ciclo vicioso que deixa as pessoas de pés e mãos atadas porque têm dificuldade em encontrar trabalho. Sujeitam-se a mudar de cidade, mas dão de caras com um mísero salário que não lhes permite mudar de cidade.

As Empresas lucrarão cada vez mais com esta situação, pois pagam salários baixíssimos, por vezes até por "baixo da mesa", fugindo aos impostos e utilizarão esse dinheiro que poupam em benefício próprio e dos seus accionistas, nunca da Empresa e dos colaboradores mais antigos.

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