segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DIG DIG - Digging for Cultura in a Crash Economy

Este fim de semana fui até à Rua da Boavista (Santos) à inauguração de uma exposição em que os artistas foram convidados a testemunhar através da sua arte o momento de crise económico-financeira e de valores que Portugal e os portugueses atravessam.

Embora goste de arte, não sou propriamente um connoisseur e, portanto não consegui ver arte em todas as peças expostas.

Não pretendo com este post criticar o que quer que seja, até porque cada um de nós vê e sente a crise de formas diferentes. Acima de tudo, julgo que o importante é participarmos neste processo metamórfico que a nossa democracia está a passar (e tem de passar) seja através da cultura ou de outra forma, o imoprtante é criticarmos, participarmos e construirmos.

No meio de vários artistas surgiu um de seu nome Rodolfo Bispo que recorrendo a elementos básicos do nosso quotidiano, conseguiu passar a mensagem do Portugal actual, dos governantes que temos e daquilo que poderá ser o futuro se continuarmos neste marasmo desolador em que apenas a austeridade e o desemprego aumentam.

Para mim, a exposição de Rodolfo Bispo cumpre na essência aquilo que foi proposto pela organização e que foi o mote para titular a exposição.

Através de elementos asfixiantes (sacos) o artista consegue traduzir cabalmente o momento actual em que vivemos. A dicotomia entre texto e bustos traçados a tinta da china (mensagem ulterior) traduzem muitas das nossas expressões faciais e muitas das nossas vidas neste período de recessão abrupta. Por outro lado o conteúdo textual é muito ácido e irónico, mas sempre pincelado com boas notas de humor. Recomendo.

[Fonte: Santo António]

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