sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um Dia Menos Feliz para a Sumol nas Redes Sociais

As marcas Sumol e Samsung, com presença nas redes sociais, viram no dia 10.01.13 as suas páginas de Facebook inundadas de comentários negativos feitos pelos seus seguidores (ou não), ainda que por motivos diferentes.

Antes de qualquer opinião, importa dizer que a Sumol com certeza tem momentos brilhantes de gestão de crises online e até mesmo momentos de proatividade relativamente a acções com os seus seguidores e fãs. De certeza que esses momentos serão em muito maior número, caso contrário já não teria presença online. Portanto os meus parabéns por tal facto. No entanto, os momentos maus também acontecem e, infelizmente ou felizmente (pois é com os erros que se aprende e se melhora) o dia 10.01.13 foi um dia menos bom para estas duas marcas. Espero sincera e honestamente que os momentos brilhantes regressem e que se possam também ecoar. Há que fazer por isso.

Passando ao caso, aa Sumol, a marca viu-se confrontada com um comentário no seu mural, feito por "alguém" com uma foto de perfil de um pato e de nome Snow Winter. No comentário feito por Snow Winter pode ler-se: "devido ao anúncio de 70 trabalhadores, vou considerar o não consumo de Sumol laranja. Obrigado". Passados 40 minutos, alguém da marca ou alguém que age em nome da marca numa agência, resolve responder com o seguinte: "Sempre tens o ananás, o limão e o maracujá!". Estava aberto o caminho para uma grande discussão.

À primeira vista a resposta da Sumol ao comentário feito pelo Snow Winter segue a linha de comunicação que a marca tem no Facebook. Só que o problema da resposta não se coloca ao nível da forma da comunicação, mas sim ao nível do conteúdo. E o conteúdo adoptado pela Sumol foi tudo, menos abonatório para a reputação online da marca.

O trabalho das pessoas que estão à frente da gestão de comunidades online é o de antecipar crises e se estas acontecerem, geri-las da melhor forma possível. Aquilo que aconteceu foi a criação de uma crise. A pessoa responsável pela resposta (que quero acreditar tenha sido pensada e trabalhada em equipa) criou uma crise sem motivo aparente.

Muito embora o comentário do Snow Winter tenha sido absurdo, também no seu conteúdo, a marca não pode responder desta forma. Volto a frisar, a resposta da Sumol é num estilo de "Sumol Original" e com humor negro, mas que apesar de tudo demonstra falta de tacto e de sensibilidade perante a situação criada. Mais grave, encerra em sim um desconhecimento e de desinteresse quanto aos 70 trabalhadores e respectivas famílias. Se a Sumol vive momentos difíceis que a levam a decidir pelo despedimento de pessoal, não precisa que criem mais situações que a obriguem desnecessariamente a viver mais momentos de crise, desta vez no online.

Mais tarde a Sumol no seu mural pediu desculpas pela resposta ao post do Snow Winter. Posteriormente ao pedido de desculpas da marca de sumos e refrigerantes, o tal Snow Winter apagou comentário feito.

Terá o Snow Winter agido de má fé? Talvez. Mas uma marca não se pode dar ao luxo de responder daquela forma. Seja a sua presença online gerida internamente ou por entreposta agência, neste último caso, mais grave se torna a situação.

NOTA:

  • Sou consumidor dos sumos e refrigerantes Sumol;
  • Não é meu objectivo denegrir a marca Sumol, nem as pessoas que gerem a sua presença online ou a agência que em nome da Sumol executa esse trabalho;
  • Pretendo apenas expressar a minha visão sobre este assunto.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Annus Horribilis ou Annus Perfectum?

Segundo a Profecia Maia, o fim do Mundo está previsto ser no dia 20 de Dezembro de 2012. Mas, e se afinal a Profecia Maia não se concretizar e o Mundo não acabar? Como vão ser os últimos dias de 2012 e o ano de 2013?

Tenho a certeza que iremos viver os últimos dias de 2012 como vivemos até agora esses mesmos dias, mas em anos diferentes. O Natal e a Passagem de Ano irão ser vividos com o mesmo espírito que se evoca nesta quadra natalícia, porque afinal o Mundo não acabou!

Mas, e 2013? Como será o ano de 2013? Será que não se realizando a Profecia Maia, deveremos acreditar nas profecias Gasparianas e Coelhanas? Terão estas profecias o mesmo valor? Ou seja, será que vai ser um Annus horibilis a todos os níveis?Ou, por outro lado, 2013 terá tudo para dar certo?

Infelizmente, e esta é a minha opinião, acredito que haja algum sentido de verdade nas teorias Gasparianas e Coelhanas. O ano que se avizinha não será, nem de longe nem de perto, um dos melhores anos que os portugueses irão experienciar. O Governo vai ser o mesmo, os profetas serão os mesmos, a dívida portuguesa irá aumentar (acredito), os impostos irão aumentar, os salários irão diminuir, os pensionistas ficarão mais pobres, o nosso poder de compra decrescerá, o preço da electricidade e do gás irá aumentar, a taxa de desemprego irá aumentar... Ou seja o Portugal e a Economia Portuguesa terão um ano muito difícil pela frente.

Não pretendo nem quero ser o profeta da desgraça, até porque a profecia está feita. Por muito optimismo que tenhamos é difícil encontrarmos no próximo ano, razões para estarmos optimistas, mas espero com muita força que seja um ano único e que passe rápido e que 2014 seja mesmo bem melhor que o ano de 2013.

O próximo ano vai ter de ser um ano em que temos que ir à luta. Pelo menos aqueles que podem e querem. Eu quero e posso, por isso não espero (nem nunca esperei em ano nenhum) que as coisas sejam fáceis. Todos os dias respondo a anúncios, envio candidaturas espontâneas, obtenho formação, leio, "freelanço", basicamente para não estar parado e adquirir experiência na minha área - Digital Marketing - sempre acreditando que existem pessoas, empresas e agências receptivas à mudança e capazes de acreditarem em mim e no meu trabalho, dando-me uma oportunidade para tal.

Não me importo de ganhar pouco (e já passei por isso), não me importo de não ter férias seja onde for, afinal já lá vão mais de 3 anos sem férias, porque quem não ganha não tem vícios, ainda que sejam vícios que fazem bem ao corpo e à mente.

Não coloco de parte um projecto meu, ou (ouro sobre azul), ter uma oportunidade numa empresa e/ou agência e ter, em simultâneo o meu projecto. Porquê? Porque acredito em mim, e acredito que podemos estar juntos em 2 sítios e, até mesmo criarmos sinergias. Venho falando disto a vários amigos meus e o "sim é uma boa ideia" está sempre presente, mas o primeiro passo nunca é dado, ou porque estamos com outros trabalhos em mãos, ou porque a oportunidade não é a melhor ou simplesmente porque não. Será que vai ser em 2013?

Certo é que o Mundo não acaba a 20 de Dezembro de 2012, e certo também é que as profecias Gasparinas e Coelhanas também se realizarão, portanto para ser um ano em cheio, desejo que encontre uma oportunidade de trabalho (mesmo a ganhar pouco) e que se comece a pensar num novo projecto. Desta forma, e só desta forma (e perdoem-me o egoísmo) o ano de 2013 terá tudo para dar certo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ramsay, Prisão e Desemprego

Comecei a ver o programa de entretenimento "Gordon Behind Bars" e, embora seja um programa de entretenimento, a mensagem do Programa ou direi, a mensagem que o famoso chef Gordon Ramsay quer transmitir é que todos nós temos de ser e dar algo à sociedade.

O programa desenrola-se na prisão de Brixton e o princípio básico é: em 6 meses, Ramsay terá de reunir um grupo de "reclusos cozinheiros" que por sua vez terão de cozinhar (trabalhar) para depois vender aquilo que confeccionaram.

Com o desenrolar do programa e infelizmente, senti que o desemprego é como a prisão, com a grande diferença de que os desempregados não cometeram qualquer tipo de crime. Já para não falar daqueles (ou familiares) que, de alguma forma, investiram na educação, ajudaram o país e, porque não dizê-lo, cumpriram com o seu dever enquanto estudantes.

O mais impressionante no Gordon Behind Bars (e que não é novidade) é que não basta aos reclusos pagarem pelo crime que cometeram. Isso é o mais fácil. ter cama, mesa e roupa lavada é cómodo e confortável. E essa comodidade e conforto é-lhes dado pela sociedade. Os reclusos têm de ser responsabilizados e para isso têm de retribuir à sociedade a cama, mesa e roupa lavada.

Não sei qual o pensamento dos reclusos nacionais. Se querem estar no bem bom, com cama, mesa e roupa lavada e sem preocupações. E muito menos sei se existe alguém que se interesse por eles ou se, inclusivamente, o Governo se preocupa com a reabilitação da população prisional.

Aquilo que sei é que os desempregados não cometeram crime algum e, portanto não é justo, pelo contrário é muito penoso este grupo de pessoas estar aprisionado pelo próprio país e ter um governo que é incapaz de reabilitar esta população.

Ao contrário dos reclusos, os desempregados querem dar, querem contribuir, querem ter valor, querem ser retribuídos pelo seu valor. Não querem cama, mesa e roupa lavada e muito menos querem ser um fardo para a sociedade, pois isso seria cometer um crime gravíssimo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Escrita SEO Friendly

Quando falamos em escrita SEO friendly significa que necessitamos ou queremos produzir conteúdo para a web que seja facilmente indexável pelos motores de busca. Por outro lado, quando escrevermos o nosso conteúdo e ao mesmo tempo pensamo-lo SEO friendly, a probabilidade que o nosso conteúdo, por exemplo um artigo, tem de ser encontrado pelas pessoas que pesquisa no Google (ou noutro motor de busca) por algo relacionado é alta.

Existem algumas "regras" que permitem que o nosso conteúdo seja SEO friendly.

O objectivo deste post abordar algumas dessas "regras", mas de forma muito simples.

  • Títulos - A escrita de um título SEO friendly pressupões que mesmo tem de ser cativante e para isso tem de chamar a atenção. Mas também tem de ser curto e conter informação sobre o assunto principal sobre a temática que pretendemos desenvolver no "corpo" do texto. Se vamos escrever um texto sobre "bananas", não convém dar um título ao texto com a palavra "maçãs". Acho que isto é óbvio para toda a gente;
  • Meta-Tags - Outro aspecto importante e mais técnico aquando da escrita de um título SEO friendly é a utilização da tag de html "H1". Os motores de busca, por norma indexam muito bem e favoralmente títulos que utilizem esta tag, seja ela em texto, seja ela em imagem;
  • Keywords - A utilização de keywords na escrita de um texto SEO friendly é talvez dos aspectos mais importantes a ter em atenção quando estamos em pensar escrever determinado texto. As keywords, como o próprio nome indica são as palavras-chave que devemos utilizar no nosso texto por forma a torná-lo relevante para a pesquisa. Ou seja, se vamos escrever um texto sobre "O Azeite e a Dieta Mediterrânea", convém que utilizemos a palavra "azeite" no nosso texto com alguma frequência para este ser SEO friendly. Porém, e acima de tudo, devemos utilizá-la quando a mesma fizer sentido no decorrer do texto e não porque estamos obcecados em termos muitos "azeites" no nosso texto. Aliás, tal poderá funcionar contra um texto SEO friendly;
  • Densidade de Keywords - Esta é uma "regra" que está intimamente relacionada com as keywords e, basicamente, pode ser traduzida matematicamente na seguinte fórmula: KD = (Nº Keywords/Nº Total de Palavras)*100;

Ou seja SEO friendly não significa que temos de escrever para os robots do Google ou de outro motor de pesquisa. Pelo contrário, produzir conteúdos SEO friendly significa que temos de escrever para pessoas. Afinal são as pessoas que irão ler o nosso conteúdo e não os robots.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ciclo Vicioso de Oportunidades

Acredito que as pessoas do nosso país estejam dispostas a deslocarem-se, com o objectivo de agarrar uma nova oportunidade profissional, para outra cidade, ou até mesmo para outro distrito.

Calculo que não seja objectivo das pessoas, mas neste momento não se importarão de mudar de cidade ou de distrito para conseguirem um novo desafio profissional.

Não se importarão, se bem que será frustrante, iniciarem um novo desafio profissional noutra área que não a delas.

Mas não basta não se importarem, é preciso que a outra parte - Empresa - também não se importe. Que não se importe em remunerá-las por forma a que seja economicamente viável a sua deslocação para outra cidade.

Mas a realidade é que com esta política salarial que o Governo insiste em adoptar, sob o lema e o compromisso mentiroso de aumentar a competitividade de Portugal, não faz com que seja possível uma mobilidade geográfica das pessoas. Pelo contrário, esta política vai provocar um efeito contaminador ao sector privado (que já se verifica), em que as empresas deste sector vão querer pagar o menos possível pelo trabalho de um colaborador. E isto é tanto verdade quer estejamos a falar de empresas ditas grandes e reconhecidas, estejamos a falar de um bom um de um mau colaborador.

Criaram um ciclo vicioso que deixa as pessoas de pés e mãos atadas porque têm dificuldade em encontrar trabalho. Sujeitam-se a mudar de cidade, mas dão de caras com um mísero salário que não lhes permite mudar de cidade.

As Empresas lucrarão cada vez mais com esta situação, pois pagam salários baixíssimos, por vezes até por "baixo da mesa", fugindo aos impostos e utilizarão esse dinheiro que poupam em benefício próprio e dos seus accionistas, nunca da Empresa e dos colaboradores mais antigos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Poetas da Internet

Já diz o ditado: quem não sabe é como quem não vê". E não há melhor forma de caracterizar o que se passa em algumas empresas que julgam saber o que é a gestão de comunidades no Facebook.

Não sou nenhum mestre e muito menos guru (nem pretendo ser) na área do social media. Sou um mero Digital Marketeer, e estudei (e continuo a estudar) para saber o suficiente para desarmar o meu interlocutor, ainda para mais quando a formação desse interlocutor não é na área do Marketing, nem nada que se pareça.

Gostava de perceber como é que um Jornalista pode ser melhor do que um Marketeer (Digital Marketeer) na gestão de uma comunidade no Facebook. A justificação que o meu interlocutor me deu foi que a sua capacidade de escrita é melhor do que a de um Marketeer.

Com esta justificação dá para perceber que:

  • a afirmação não é totalmente correcta;
  • a pessoa em causa nada percebe de gestão de comunidades no Facebook

A afirmação não é cabalmente correcta, porque um Marketeer pode ser um copy. Sendo um copy tem obrigatoriamente de ter criatividade e poder de síntese na sua escrita. Isto para não falar nas inúmeras ferramentas que todos nós podemos utilizar para dar aprimorar a nossa escrita.

A pessoa não percebe nada de gestão de comunidades no Facebook, porque a gestão de comunidades no Facebook não requer que sejamos grandes eruditos em escrita, nem que sejamos descendentes de Luís Vaz de Camões. A gestão de comunidades no Facebook não se baseia na escrita a metro, aliás é precisamente o contrário. Mas mais importante do que saber escrever (que também o é), fundamental é que a pessoa e/ou a equipa que gere essa comunidade consiga antecipar uma crise. Ou se não a conseguir antecipar, que consiga pelo menos controlá-la sem grandes danos na reputação on-line da marca. Isto é o princípio básico da gestão de comunidades no Facebook.

Portanto o grupo de comunicação social estrangeiro tem de se decidir: ou quer um poeta de internet ou quer um gestor de comunidade do seu Facebook. Se quiser um poeta de internet, está com toda a razão ao afirmar que prefere jornalistas a marketeers. Mais, eu até aconselharia a contratarem um linguista ou alguém da área das línguas; Português e outra variante. De certeza que cumpriria melhor com os objectivos e com as ideias de gestão de comunidades de Facebook que o Grupo tem, do que um mero Digital Marketeer.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DIG DIG - Digging for Cultura in a Crash Economy

Este fim de semana fui até à Rua da Boavista (Santos) à inauguração de uma exposição em que os artistas foram convidados a testemunhar através da sua arte o momento de crise económico-financeira e de valores que Portugal e os portugueses atravessam.

Embora goste de arte, não sou propriamente um connoisseur e, portanto não consegui ver arte em todas as peças expostas.

Não pretendo com este post criticar o que quer que seja, até porque cada um de nós vê e sente a crise de formas diferentes. Acima de tudo, julgo que o importante é participarmos neste processo metamórfico que a nossa democracia está a passar (e tem de passar) seja através da cultura ou de outra forma, o imoprtante é criticarmos, participarmos e construirmos.

No meio de vários artistas surgiu um de seu nome Rodolfo Bispo que recorrendo a elementos básicos do nosso quotidiano, conseguiu passar a mensagem do Portugal actual, dos governantes que temos e daquilo que poderá ser o futuro se continuarmos neste marasmo desolador em que apenas a austeridade e o desemprego aumentam.

Para mim, a exposição de Rodolfo Bispo cumpre na essência aquilo que foi proposto pela organização e que foi o mote para titular a exposição.

Através de elementos asfixiantes (sacos) o artista consegue traduzir cabalmente o momento actual em que vivemos. A dicotomia entre texto e bustos traçados a tinta da china (mensagem ulterior) traduzem muitas das nossas expressões faciais e muitas das nossas vidas neste período de recessão abrupta. Por outro lado o conteúdo textual é muito ácido e irónico, mas sempre pincelado com boas notas de humor. Recomendo.

[Fonte: Santo António]

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