quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Greve Geral e os Seus Objectivos

Hoje não vou escrever sobre Marketing. Pelo menos não o faço na íntegra

O tema hoje é a Greve Geral. E antes de avançar quero clarificar que:

  • não fiz greve, pois estou praticamente desempregado. Faço alguns trabalhos em regime de freelancer;
  • não participei em qualquer tipo de manifestação que foi feita hoje;
  • não tenho qualquer tipo de filiação partidária;
  • não estou inscrito em qualquer tipo de sindicato:

Posto isto quero escrever aquilo que penso sobre o país e, sobre as nossas greves gerais, em particular.

Não acredito neste tipo de greves gerais e em manifestações portuguesas. As greves gerais e as manifestações portuguesas reflectem exactamente a forma como somos vistos lá fora: um povo sereno e desenrascado. E, a meu ver, estas são duas características não levam o país a lado algum

Tudo o que se tem (ou não se tem) e tudo o que se consome em excesso ou em pouca quantidade faz mal, respectivamente ao ego e à saúde. Ora os portugueses, ou a sua grande maioria, são demasiado serenos para aquilo que os governantes deste país têm feito ao país e, consequentemente nos têm feito! É incrível vermos que no Brasil (que está a atravessar uma boa fase económico e financeira e até mesmo social) o povo se tenha insurgido contra o aumento de 20 centavos nos transportes públicos e as ruas encheram-se de gente! Em Portugal, aumentam-nos os transportes públicos, o gás, a electricidade, cortam os salários dos reformados e dos pensionistas, aumenta-se a idade para a reforma, estão-se cagando para o desemprego e ainda mais cagando se estão para o desemprego jovem, esfrangalham a classe média, destroem o serviço nacional de saúde entre muitas outras falcatruas, e nós ainda procuramos rastilhos para pôr em polvorosa e mudar de vez este país?! Por Amor de Deus!!!

Depois temos o desenrascanço português - e aqui começa o Marketing. O desenrascanço português é conhecido internacionalmente e fica bem patente nas manifestações. Isto porque as palavras de ordem que mais se ouvem nas manifestações, sejam palavras escritas, sejam palavras faladas, são: "O Governo que se demita", "Vai-te embora Coelho", "Este é o empurrão que faltava para o Governo cair"... Ou seja, aquilo que nós queremos é desenrascar a coisa. Não temos objectivos!

Para se conseguir atingir uma meta é preciso termos claros os objectivos e, pelo meio da acção, precisamos ir monitorizando a respectiva acção para perceber se estamos no bom caminho para atingir os objectivos, ou não. Um povo que se manifesta na rua a pedir a demissão do Governo e que se contenta com isso, lamento, mas é um povo sem objectivos! E um povo sem objectivos nunca chegará a lado nenhum.

Aliás, se nós virmos, aquilo que se passa (sim ainda dura)no Brasil começou pelo aumento da tarifa nos transportes públicos em 20 centavos. Mas o "povão" não veio para a rua pedir a demissão do Governo e muito menos caiu no erro de pedir para baixarem a tarifa dos transportes públicos.

Primeiro o "povão" uniu-se. Depois saíram para a rua sabendo que iam para uma manifestação e não para o Carnaval ou uma Final de Copa do Mundo. E se há povo brincalhão, alegre sambista, com alto astral são os brasileiros! E já na rua o "povão" tinha um objectivo: exigir o fim da corrupção no Brasil, exigir um melhor sistema único de saúde, exigir melhores condições de ensino público...e mais, políticos nas manifestações eram vaiados até que os mesmo se fossem embora. Ou seja, os brasileiros têm OBJECTIVOS, sabem que a fonte de corrupção são todos os políticos e que a solução não é uma mudança de governo. Os Brasileiros EXIGEM PORQUE TÊM OBJECTIVOS!

Portanto, estabelecidos os objectivos e as acções, os brasileiros (accionistas do país) esperaram pelo feed-back dos seus administradores (governantes). E não é que foram ouvidos e tiveram vistas medidas para resolverem (ou tentar resolver) os problemas/objectivos deles?! E estranhamente ou não (porque o objectivo maior do povo brasileiro é o fim da corrupção) voltaram a sair para as ruas nos dias seguintes. E julgo que ainda andarão por lá! Ou seja, para já estão a monitorizar aquilo que lhes foi dito que iria ser feito.

Por cá aposto que amanhã será outro dia, o Governo manter-se-á em funções e cagam para os manifestantes e para os grevistas e a vida segue em paz para eles e nós continuaremos a arder lentamente neste inferno

Não é à toa que o Brasil dá 10-0 a Portugal em matérias como Gestão, Marketing, Digital, Publicidade...e isso reflecte-se em várias acções do quotidiano e no próprio povo, entre elas as nossas "manifestações" e as manifestações deles!

Há quem diga que a coisa já não vai lá com manifestações e temos de ir mais longe. Estou totalmente de acordo. Aliás, somos demasiado serenos e mansos, como já disse. Mas uma coisa é certa. Podemos fazer uma revolução, matar os governantes, fazer 30 por uma linha. Se não tivermos unidos, preparados e com objectivos estaremos sempre na mesma merda.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Portugal é um Big Brother VIP

Muitos se questionam sobre as audiências e o share que o Reality Show da TVI - Big Brother VIP - tem. A explicação é simples, Portugal é um Big Brother Vip. Se não vejamos:

O Big Brother Vip é um programa em que um certo número de pessoas ditas VIP estão encafuadas numa casa sem terem oportunidade de sair para lado algum e sujeitos às ordens de um Big Brother. O mesmo se passa com Portugal. Estamos todos encafuados dentro de um pequeno rectângulo à beira mar plantado, sujeitos às ordens de políticos internos inexperientes e de políticas externas experimentais aplicadas a torto e a direito, como se de ratos de laboratório nos tratássemos

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Que manda no Big Brother VIP é o Big Brother e quem não acatar as ordens que são dadas sofre as consequências. Quem manda em Portugal, não são os políticos que cá estão, mas os da Alemanha, representados pela Troika. E se calha a nós portugueses não respeitarmos as ordens e as políticas que aplicam ao país, sofremos as consequências em dose dupla. Veja-se o exemplo da TSU ou agora o último exemplo do chumbo do Tribunal Constitucional. Vem ai mais medidas de austeridade.

No Big Brother VIP há que nomear para expulsar. em Portugal o Primeiro Ministro quando foi eleito nomeou todos os jovens e jovens adultos para serem expulsos do seu país.

Este novo Big Brother VIP tem um conceito de ter duas casas, ou melhor: uma Casa e um Barracão. Os da Casa têm todas as mordomias e mais alguma. Os que calham em ir para o Barracão, têm de ser engenhosos e fazer das tripas coração para irem sobrevivendo com o mínimo de utensílios e comida que o tal Big Brother lhe vai dando. Ora em Portugal passa-se a exactamente mesma coisa. Cada vez mais, os políticos inexperientes aplicam políticas neoliberalistas experimentais na Casa e aos seus habitantes - Portugal e os Portugueses - promovendo-se o ódio entre os ricos e os pobres, entre o sector público e o sector privado. Existem um ensino para ricos e outro para pobres, existe saúde para ricos e outra para pobres e por ai adiante. Promove-se o culto dos portugueses de primeira e os portugueses de segunda.

No Big Brother VIP a cultura não abunda, em Portugal o apoio à cultura é desde os primórdios uma prática corrente.

Contudo existem duas grandes diferenças entre Portugal e o Big Brother VIP da TVI. A primeira é que no Reality Show, mesmo estando encafuados numa Casa, os ditos VIPs vão ganhando uns valentes trocos. Na realidade portuguesa, os portugueses vão contando os trocos para sobreviverem. A segunda, é que quando o programa terminar muitos deles estarão empregados e com a vida deles feita ou pelo menos muito melhor. Em Portugal, quando o programa de assistência terminar os portugueses ficarão pior do que estavam antes da Troika e dos políticos corruptos e políticos das "Jotas" que têm governado o país.

Ou seja o Big Brother Vip é um sucesso televisivo porque existe um argumento e uma história (seja bem ou mal contada, seja bem ou mal produzida, tenha bons ou péssimos actores e actrizes e por ai fora) em que muitos portugueses não só se revêm como vivem esse drama.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Empresas, Empreendedorismo e a Actual Notoriedade do Diogo Morgado

O Que Sei sobre o Diogo Morgado

O caso, ou melhor o repentino fenómeno de notoriedade e de viralidade que se tornou a participação do actor português Diogo Morgado em "The Bible" é algo paradigmático com o empreendedorismo que tanto se fala em Portugal.

Sinceramente, não acompanho a carreira artística do Diogo Morgado, mas sei que na televisão assumiu o papel principal no primeiro telefilme da SIC - Amo-te Teresa. E, uma coisa é certa: se serviu para interpretar o papel de Jesus Cristo na série histórica "The Bible", produzida no EUA, comprova que é um actor de valor.

Diogo Morgado e a Mentalidade Tuga

Tenho pena que as empresas (e falo na generalidade das empresas e na generalidade dos sectores) só acreditem nas pessoas e e nos potenciais colaboradores, quando estes dão provas no estrangeiro. Infelizmente esta é uma mentalidade muito mesquinha do povo português. Sempre o foi. Quantos de nós não ouvimos dizer que se vem de fora é bom. O Governo Português até sentiu a necessidade de chamar a os elementos da Troika para governar o país, porque (julgavam ou julgávamos) que não tinham competência para gerir o nosso País.

Que eu saiba, nos últimos anos o Diogo Morgado assumiu papéis de actor principal na "Vingança" (2007) e protagonizou a mini-série "A Vida Privada de Salazar"(2009). Irá agora, 2013 e após ter sido bem sucedido na série "The Bible", um papel (não sei se principal) na telenovela da noite da SIC.

Agora, por motivos de crise económico-financeira, é que apregoam (e apregoamos em uníssono) que aquilo que é português é que é bom. E eu acredito que possamos fazer coisas maravilhosas e boas, mas condições para que isso aconteça não existem. não nos proporcionam.

Diogo Morgado e as Empresas

E é esta mentalidade portuguesa que se alastra às empresas portuguesas e a algumas multinacionais que não vejo maneira de ser mudada. À excepção de cunhas e caciques, primeiro que consigamos entrar numa empresa é preciso:

  1. As empresas publicarem anúncios de emprego reais;
  2. Passar a 1ª entrevista;
  3. Passar os testes psicotécnicos;
  4. Passar a 2ª entrevista;
  5. Passar não sei mais o quê.

E às vezes estamos apenas a concorrer para uma simples vaga de técnico administrativo.

Mas aquilo que o Diogo Morgado fez (por ele ou a convite, não sei), foi aquilo que todos nós fomos aconselhados a fazer: emigar. Porém teve a sorte (e trabalho?) de recber um convite para regressar e quis regressar. Agora, todos nós que fomos convidados a emigrar, duvido que se arranjarmos algo melhor pelo estrangeiro (que segundo a emntalidade tuga é sempre melhor. Se bem que nesta altura e em termos de emprego, sê-lo-á mesmo!) duvido que queiram regressar a um país que os maltrata.

Diogo Morgado e o Empreendedorismo

Mas o que tem tudo isto a ver com empreendedorismo? Tem tudo a ver com empreendedorismo. A começar pela razão que leva as empresas a terem a mentalidade mesquinha de contratar sangue novo que possa trazer coisas novas às empresas, mesmo trabalhando com quadros mais experientes da empresa. Ou seja, são as próprias empresas que não são empreendedoras no simples acto de contratarem pessoal novo.

Ora se as empresas não são empreendedoras neste simples ponto de contratar pessoal, porque haveremos de seguir um dos conselhos do nosso Governo? Concordo que empreender é necessário (com dor ou sem dor), mas empreender a sério, e não brincar ao empreendedorismo em que para se conseguir singrar temos de ter o amigo W na posição X, ou ir para a cama com o fornecedor/cliente Y praticar a posição Z. Mais, como está provado, ou pelo menos afirmado por portugueses que trabalham em Silicon Valley o empreendedorismo (a sério) só pode ser feito se houver crença e patrocínio das empresas, dos investidores. Ou seja, se o país acreditar em nós. Isto já para não falar no ambiente que tem de existir ao redor de um projecto de empreendedorismo. algo que neste momento não existe na sua plenitude.

O Diogo Morgado sempre foi um bom actor, mas teve de demonstrá-lo mais uma vez (e sabe-se lá se foi de uma vez por todas) teve de empreender e fora de Portugal. Teve de emigrar para os Estados Unidos da América.

Portanto, acreditem em nós jovens. Acreditem que temos formação, que temos ideias, que queremos trabalhar, que queremos ajudar as empresas e não nos mandem camufladamente à merda, que é o mesmo que nos mandarem ser empreendedores. Porque para isso é preciso o que já disse acima e, talvez algo mais.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Spotify - Algumas Funcionalidades

No post anterior falei sobre o serviço Spotify e neste post irei falar, de forma breve, sobre algumas das funcionalidades que o serviço Spotify nos oferece.

O core service do Spotify é a música, ou melhor é o fornecimento de listas e álbuns de música. Mas que possamos utilizar este serviço de forma mais eficaz existem algumas dicas que podemos ter em consideração.

Serviço de Rádio Spotify

Se não estivermos com disposição para escolher um artista ou um álbum de música o Spotify resolve esse problema. Basta para isso clicar no botão "Rádio" que está logo depois do botão "Apps" na sidebar direita da tela principal. Mas desenganem-se aquelas pessoas que vão escolher rádios nacionais ou internacionais. Aquilo que o Spotify disponibiliza são listas de músicas de artistas semelhantes aos artistas que temos vindo a ouvir no Spotify.

Criar uma Estação de Rádio no Spotify

Criar uma estação de rádio no Spotify também é simples. Dentro do painel com as listas de músicas de artistas semelhantes aos artistas que temos vindo a ouvir no Spotify, no canto superior direito, encontra-se um botão específico para criar uma lista de rádio. Clicamos nesse "Criar Nova Estação".

Na caixa de pesquisa, digitamos o nome do artista no qual desejamos criar a nossa estação de rádio. Irão também aparecer sugestões relacionadas com o artista que escolhemos. Também podemos escolher uma música específica, o que pode ser útil se for uma música que tem mais do que um artista.

Posteriormente, a estação de rádio que acabámos de criar irá aparecer em "Estações de Rádio recentes" e começará a tocar automaticamente.

Comando Avançados de Pesquisa no Spotify

A pesquisa avançada no Spotify é feita através de operadores booleanos AND, OR e NOR. Por exemplo, vamos imaginar que queremos pesquisar por um autor de uma música. Aquilo que devemos escrever na caixa de pesquisa será: artist: Dave Grhol. E esta pesquisa vai-nos devolver todos as músicas escritas por Dave Grhol.

Agora vamos imaginar que queremos pesquisar pelo género Bossanova ou Jazz. aquilo que devemos escrever na caixa de pesquisa do Spotify será o seguinte: genre: "bossanova" OR "Jazz".

Também é possível fazer pesquisa combinada no Spotify. Ou seja, imaginemos que queremos ouvir os êxitos de Bossanova, mas só os relativos a 1970. Para isso teremos de escrever na caixa de pesquisa do Spotify algo como: genre: "Bossanova" year:1970.

Tudo o que quisermos pesquisar sobre música podemos fazê-lo no Spotify, basta colocar a "palavra-chave" e dois pontos, seguido de algo. Podemos pesquisar álbuns, podemos pesquisar músicas, podemos pesquisar géneros de músicas, podemos pesquisar anos de músicas e por ai fora.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Spotify - O Serviço

Já está disponível em Portugal o serviço de música Spotify.

Ao início pode não parecer, mas o Spotify é mais do que um simples programa de download de músicas ou coisa do género. O Spotify é um serviço de base de dados de streaming com milhões de músicas, artistas e álbuns disponíveis. Isto significa que com o Spotify é possível escolher e ouvir músicas através da internet. Ligeiramente idênctico ao serviço oferecido pelo Pandora, excepto que no Spotify podemos procurar por músicas e criar playlists a partir de um catálogo com cerca de 15 milhões de faixas.

Existem duas versões do Spotify: a versão gratuita para o utilizador e que é suportada pelos anunciantes, através de anúncios gráficos e de som e duas versões pagas, suportadas pelos utilizadores. A primeira versão (Unlimited) paga custa €3,49/mês e dá a possibilidade de utilizarmos o Spotify no nosso desktop ou no computador portátil. A segunda versão paga (Premium) do spotify permite-nos utilizá-lo em todos os nossos dispositivos por 6,99/mês. Ao optar-se pela versão paga do Spotify o utilizador pode criar playlists offline, assim como utilizar o serviço no seu smartphone, através de uma aplicação específica para o efeito.

Outra possibilidade que o Spotify possibilita é o registo através do Facebook (Facebook log in) e partilhar as músicas que o usuário está a ouvir, através do Facebook, Twiter, e-mail ou até mesmo através do próprio blog. É também possível seguir amigos que estejam registados neste serviço.

Se por acaso o queremos apenas relaxar e ouvir música, mas não sabemos bem qual, basta conectarmo-nos no Spotify que o serviço encarrega-se de escolher as músicas aleatoriamente.

O próximo post será como utilizar algumas das features do Spotify

[Spotify Logo]

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Graph Search e o Like Button

O Facebook lançou este mês uma nova ferramenta de pesquisa: Facebook Graph Search (FGS). O Facebook Graph Search funcionará como um motor de pesquisa, mas dentro desta rede social. Ou seja os membros do Facebook poderão pesquisar por pessoas (e subtil e indirectamente por empresas) através de fotografias, lugares e interesses.

As Pessoas

Para que a ferramenta Graph Search funcione em pleno é preciso que os utilizadores da plataforma mantenham as suas informações actualizadas e, também convém para um enriquecimento dos resultados da pesquisa, que aquelas sejam públicas.

As Empresas

Uma das tendências do digital é a utilização das redes sociais por parte das PMEs para alavancarem a sua visibilidade e, consequentemente, o seu negócio. O Graph Search é uma óptima ferramenta para potenciar essa visibilidade. Mas para que tal aconteça é necessário que dois aspectos sejam tidos em conta:

  • as empresas (ou as pessoas/agências) devem configurar correctamente a sua página nesta rede social e devem disponibilizar o máximo de informação sobre o seu negócio e que seja relevante, quer para os seus fãs/seguidores, quer para a própria pesquisa no Graph Search;

  • criação e disponibilização de conteúdos que tornem o engagement com os seus verdadeiro.

O Like Button

Assim sendo, o Like button do Facebook vai desempenhar um papel fundamental. Digo vai, porque em termos de métrica, os "likes" numa página pouco valor tinham. Lógico que não há melhor creme para massajar o ego de uma marca, do que saber que tem mais fãs na sua página do Facebook do que a concorrência tem. Mas não é líquido que tendo uma marca um maior número de fãs na sua página de Facebook, os mesmos sejam mais activos e mais participativos.

Com o Graph Search, o Like Button da(s) página(s) passa a ter um valor "inestimável" para a empresa com presença nesta rede. Se os utilizadores procuram informações e conselhos sobre os seus amigos no Facebook, os restaurantes, os ginásios, as escolas, os refrigerantes entre outros produtos e serviços, é natural as páginas de Facebook com maior número de "GOSTOS" dentro do nosso grupo ou rede de amigos de repente seja uma grande vantagem sobre a concorrência.

Ora, perante este raciocínio é honesto concluir que com o Graph Search a funcionar em pleno, o Facebook aproveitará para rentabilizar essa rede de pesquisa, colocando publicidade contextualizada dentro dos resultados que o utilizador obtém na pesquisa que faz.

Também é honesto concluir, ou pelo menos presumir que poderá ser necessário criar um mecanismo/ferramenta por forma a que páginas das marcas se tornem relevantes nos resultados de pesquisa do Graph Search, algo idêntico ao SEO. Talvez um Search Graph Optimization.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Mala Chanel trama Pépa e Desnorteia Samsung

No último post opinei sobre o dia menos feliz da Sumol nas redes sociais. Mas esse 10.01.13 não foi um dia mau, em termos de Social Media, apenas para a Sumol. A Samsung também se viu confrontada com uma crise no online.

O tema da campanha da Samsung é (ou era) "Para 2013 Desejo by Samsung". A marca associou-se a 5 bloggers de moda: Maria Guedes (Stylista), Tiago da Costa Miranda (…And This is Reality), Susana Rodrigues (The Stiletto Effect), Rodolfo Morgado (Lab Daily) e Pepa Xavier (Fashion-a-Porter).

Basicamente aquilo que se pretendia com a produção desta campanha era colocar estes bloggers a falarem sobre o ano transacto e sobre os seus desejos para 2013. Tudo isto, de uma forma descontraída e com planos de filmagem de produtos da Samsung.

Confesso que o primeiro vídeo que vi foi o da Filipa Xavier (Pépa para os amigos) e para além de não achar nada de mais, fiquei sem perceber qual era o objectivo da Samsung com aquela campanha. Fui visualizar os restantes 4 vídeos e continuei sem perceber qual o objectivo da Samsung com a campanha ou com estes vídeos.

Aliás, a campanha da Samsung sugere-me uma autopromoção dos próprios bloggers e não da Samsung, ainda que o endorsement seja feito. Contudo este product placement é totalmente mal feito, com planos de filme mal conseguidos onde mal se vê a marca Samsung dos produtos que aparecem nos vídeos. Fico a saber que os vídeos são para a marca Samsung devido às vinhetas inicial e final.

No entanto, todo o celeuma levantado nas redes sociais ficou a dever-se aos desejos da Pépa para 2013, em que um deles era ter uma mala preta da Chanel - comprada com o seu próprio dinheiro. Qual o problema disto? Para mim nenhum. Mas foi esta mala preta da Chanel que tramou a Pépa e que desnorteou a Samsung.

A campanha em si, a meu ver é fraquinha e, coincidência ou não, toda a produção dos filmes ficou a cargo de ...And This is Reality - uma empresa de um dos bloggers que participa na campanha: Tiago da Costa Miranda.

Muito já se falou sobre o assunto, portanto não vou estar a escrever um texto exaustivo sobre o sucedido, antes prefiro dar 3 notas.

  1. O facto de a Samsung ter apagado os vídeos do seu canal oficial do Youtube, demonstra falta de respeito para com os bloggers;
  2. Se o problema estava no (conteúdo/forma)do vídeo da Pépa, a decisão de retirar os 5 vídeos foi precipitada e uma má decisão. Capitalizar a situação a favor da Samsung era o mais sensato embora, talvez, admito, o mais difícil;
  3. O pedido de desculpas da Samsung demonstra que não percebeu as críticas e que não percebeu o foco dessas mesmas críticas, ou seja, arrisco-me a dizer que não percebeu a própria campanha. Caso contrário não teria pedido desculpas, ou em primeira análise não teria aprovado a campanha.

Perante isto, a Chanel continua na moda, a Pépa ficou na moda, até é convidada do Jornal da Noite da SIC (ao que isto chegou) e a Samsung, principal interessada nisto tudo, deixou de estar na moda.

NOTA:

  • Tenho produtos Samsung em casa;
  • Não é meu objectivo denegrir a marca Samsung, nem as pessoas que gerem a sua presença online ou a agência que em nome da Samsung executa esse trabalho;
  • Pretendo apenas expressar a minha visão sobre este assunto.

Com tecnologia do Blogger.

Procura

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