terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sistema de Leilão do Google

Num post anterior neste blog falei em "Quality Score", para um anúncio do Google Adwords. E, embora o conceito possa ser assimilado singularmente, acho que seria mais proveitoso enquadrar aquele tema com outros temas do Google Adwords.

Assim, decidi falar hoje de forma simples e rápida sobre outros temas relacionados com o assunto "Quality Score". Comecemos pelo conceito de Leilão do Google.

Leilão do Google

O sistema de PPC - pay-per-click do Google funciona com base num sistema de leilão. É este sistema que vai determinar quanto o anunciante vai pagar por click. Abaixo encontra-se uma tabela resumo que se espera explicativa do vídeo.

  • Preço a Pagar pelo Anunciante é igual ao valor (bid) imediatamente inferior à sua, que será o anunciante melhor colocado depois dele.

  • Classificação do Anúncio (Ad Rank) = Bid X Quality Score desse anúncio

  • Preço a Pagar pelo Anunciante - CPC = AdRank (anunciante abaixo) / Quality Score Anunciante

Vídeo Leilão do Google

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Flat Design

O que é o Flat Design - Conceito

O Flat Design é uma tendência do design em geral - tal como o (ux design) - e que se caracteriza pela concepção e desenho de layouts de sites ou apps com formas simples - curvas ou rectilíneas, mas simples - e cores suaves. O Flat Design é o design na sua forma mais pura e simples. Sem sombras, sem dimensões, sem efeitos. Ao fim ao cabo sem "barroquices" que dêem profundidade ao que está a ser trabalhado.

Esta tendência do design e do webdesign que privilegia a simplicidade dos elementos e em que "mais é menos". tornando o layout completamente simples, claro e intuitivo.

A Funcionalidade do Flat Design

O Flat Design é uma tendência que surgiu devido à mudança de hábitos de consumo e devido à mudança de paradigma nas telas dos equipamentos digitais. Isto é, com a parafernália de equipamentos que temos ao nosso dispor para comunicarmos, para acedermos à internet e, partilhar conteúdo com os nossos amigos, torna-se claro e necessário haver um design que se adapte às telas dos smartphones, dos Ipads, dos desktops, dos laptosps e, até mesmo, das TVs. é certo que existe o Responsive Design, mas quando falamos em Flat Design estamos a falar de simplicidade 360º. O mesmo não acontece quando falamos em Responsive Design.

A Cor no Flat Design

A tendência de utilização de cores no Flat Design é cores fortes, vibrantes e com saturação. Mas para não tenhamos um site ou um ícone de uma app de cor vermelha, verde e roxa, importa referir que, normalmente e para um trabalho mais interessante, as cores são combinadas por forma a fazer um degradé. Ou seja, supondo que utilizamos a cor azul, podemos continuar o nosso trabalho utilizando o azul petróleo, o azul claro, o azul água e por ai fora.

Para mais informações sobre a utilização de cores no Flat Design consulte o site Flat IU Colours

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A Tipografia no Flat Design

Para além de o tom de cor da tipografia ter de ser consonante, quer com o conceito do Flat Design, quer com as restantes cores do site, app, as próprias fontes utilizadas devem ser simples, pouco serifadas. Contudo pode-se ser arrojado na escolha da fonte, mas tendo sempre por base a simplicidade.

Exemplo

Os Elementos no Flat Design

Botões e Ícones são os reis no Flat Design. Como seria de se esperar, já que estamos a falar de uma técnica que tem de ter usabilidade em smartphones (thumb friendly). Tudo muito minimalista, como formas geométricas, ou menus que apenas ficam com a letra a bold quando passamos por cima com o mouse ou com o nosso polegar formas

Exemplo

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O Mercado de Trabalho e a Crise

Todos sabemos que a taxa de desemprego em Portugal actualmente é das mais altas dos últimos 25 anos. Existem inúmeras para que este seja um facto inédito em Portugal, mas aquela sobre a qual as pessoas comentam mais é a crise. A malvada da crise é a responsável por estarmos na situação em que estamos. E, imagine-se, é verdade. Mas não é toda a verdade.

Existem muitos outros factores que contribuem de forma decisiva para que a taxa de desemprego esteja tão alta e, consequentemente, o mercado de trabalho venha a degradar-se cada vez mais levando para já cerca de 1 milhão de portugueses a andar pelas ruas da amargura.

Uma das razões pela qual o mercado de trabalho está como está, deve-se ao facto de haver Empresas a operar em todo o tipo de sectores (marketing, construção, design, arquitectura, direito, informática...) que são gananciosas e quererem contratar um empregado ao preço da uva mijona. E imagine-se, o Estado incentiva a esse tipo de contratação através de subsídios como o estágios ao abrigo do IEFP, o Passaporte Emprego, o Impulso Jovem, entre outros incentivos. Ora isto vai fazer com que as empresas no final do estágio se descartem dos estagiários, como se fraldas sujas se tratassem. E tudo o que eles fizeram, certamente, foi tudo menos sujar o seu trabalho e muito menos o nome da Empresa. Não é preciso citar nomes para ver como as coisas se processam, basta visitar o site Ganhem Vergonha.

Mas o aproveitamento de pessoas que querem trabalhar não termina no final do estágio, ou melhor pode terminar. Mas o gato sapato que fazem delas, por vezes começa bem antes, na altura de responderem aos anúncios.

Um pequeno parênteses, deixemo-nos de histórias e de trocadilhos sobre pessoas que querem trabalhar e pessoas que querem um emprego. Certamente quem diz isso não está a ganhar mal. E não nos podemos esquecer que o tempo dos senhores feudais e do esclavagismo foi bem lá atrás. Mais, este será um dos factores que irá contribuir para a degradação do mercado de trabalho em Portugal. Ainda assim, ressalvo que pode haver casos e casos de pessoas que infelizmente tem de se sujeitar, por imperativos e compromissos de vida a essas Empresas, na sua grande parte, exploradoras.

Voltando à resposta aos anúncios. Muitos dos anúncios que encontramos publicados, segundo aquilo que é noticiado são falsos: falsos porque publicam uma coisa e oferecem outra, falsos porque pura e simplesmente foram redigidos e publicados para inglês ver. Obviamente que isto é outra forma de desvirtualizar por completo o mercado de trabalho.

Eu próprio já passei por diversas situações infelizmente, mas saliento uma que classificaria no mínimo como ridícula! Enviei uma candidatura espontânea para uma agência em Lisboa, com poucos colaboradores e cujo objectivo principal é a activação de marca. Isto em Janeiro deste ano. E, qual no foi o meu espanto, o administrador agendou uma entrevista comigo. Bom sinal, pensei eu.

Cheguei à entrevista, conversámos. Eu apresentei-me e disse quais eram as minhas motivações para trabalhar naquela agência, ele explicou-me a história da empresa e o que pretendia de mim. Ainda trocámos umas ideias e palavras enquanto me acompanhava à porta e concluímos que tinhamos alguns contactos na área em comum, e que ele até já tinha oferecido a alguns familiares dessas pessoas estágios na sua Empresa.

No final, disse-me que a sua secretária ir-me-ia enviar um briefing de um cliente para eu resolver, após o qual e se tivesse, aos olhos dele, uma boa classificação, começaria a trabalhar. Ora estamos em Julho e o briefing ainda não chegou!

Obviamente que falei com ele entretanto sobre o assunto e o que ele me respondeu foi, pasme-se: "João, assim que houver algo interessante para partilhar consigo entramos em contacto.Um abraço,"

Fico a pensar, se quando houvesse algo interessante partilhar entraria em contacto, porque marcou a entrevista para 1 semana depois da candidatura? Não faria mais sentido, informar-me que tinha recebido a minha candidatura, que o processo de recrutamento deles passava pela "resolução" de um briefing e que, portanto, logo que recebessem um adequado para o efeito de recrutamento de certeza absoluta e sob a sua palavra de honra entraria em contacto comigo? Bom, se fosse eu o Client Service Director e se recebesse briefings muito esporadicamente, era isso que faria. e não brincava com as pessoas que precisam e querem trabalhar

Continuo com pensamento positivo, activo, com esperança e não faço distinção entre trabalho e emprego, pois o meu objectivo é apenas um e as Empresas/Agências perspicazes saberão qual é ele.

sábado, 6 de julho de 2013

Medir Resultados Offline no Online

Uma das formas possíveis de medir os resultados de uma campanha offline no online - por exemplo através do google Analytics é a criação de Landing Pages personalizadas e específicas para essa mesma campanha offline e que poderá estar a decorrer nos diversos meios como a TV, jornais, revistas, outdoors.

Landing Pages

Com a criação de landing pages personalizadas uma determinada empresa, por exemplo uma empresa de produtos de beleza, pode concentrar-se no objectivo principal do anúncio offline. Por exemplo, se a empresa de produtos de beleza, vende cremes para as rugas, cremes para as mãos, condicionadores para o cabelo e coloca um anúncio sobre cremes para varizes numa revista sobre produtos naturais, a landing page teria de focar o seu conteúdo (conteúdo é rei) em saúde das pernas e cremes para as mesmas (em vez de se focar em todos os produtos da empresa). E deste modo, poder-se-ia verificar qual o número de conversões que foram feitas, por pessoas que vieram do offline.

Se bem me lembro, no GA ter-se-ia que ir a Conteúdo>Conteúdo do site>Landing Pages. Depois é uma questão de analisar os dados que precisamos (visitas, tempo na landing page, conversões....). Pode e deve-se estabelecer o nosso goal no GA para verificar se as conversões correspondem ao nosso objectivo traçado.

Vanity URLs

No ponto anterior há que considerar os vanity URLs. Os vanity URLS são URLs único que é desenvolvido e marcado para objectivos de marketing. Os vanity URLs são um tipo de URL personalizados que existem para ajudar os usuários lembrarem-se de determinada promoção e encontrar a landing page específica e personalizada dessa mesma promoção. Logo, as vantagens de se ter um vanity URL na landing page são a sua facilidade em serem memorizados e lembrados, a sua confiabilidade relativamente a um URL normal e a sua facilidade de partilha.

Exemplos de vanity URLs são o dos nossos perfis no Facebook ou no Google plus.

QR Codes

Outra forma de medir os resultados de uma campanha offline, no online é através da inserção de QR codes nas revistas, jornais, outdoors e porque não na TV (talvez mais difícil). Logicamente terá sempre de se criar uma landing page para esse anúncio/promoção específico criado e onde está também inserido o QR Code.

Códigos Promocionais

Os códigos de desconto personalizados ou códigos promocionais feitos para determinada campanha são úteis para monitorizar os resultados offline no online. Para isso, basta que a empresa de produtos naturais indique no anúncio da revista, jornal ou TV ou outdcoor, "usar código promocional CREME_XPTO para obter um desconto de 20% sobre o preço”. Por outro lado, se a empresa de produtos de beleza tiver um site de e-commerce associado ao site, pode fazer este tipo de promoção offline, exclamando que a oferta é válida apenas para compras na loja online e na próxima compra.

Tráfego Directo

Por último e aqui é mais prática de Google Analytics (GA), é possível verificar qual o tipo de tráfego directo que chega ao site da empresa de produtos de beleza. Logicamente, que todas as pessoas que digitarem o endereço da empresa no URL do Google ou tiverem o seu endereço nos favoritos, irão enviezar os resultados. Mas podemos sempre colocar uma nota no dia em que começou a campanha offline e perceber qual a evolução das visitas, visitantes, tempo no site, conversões e comparar com períodos anteriores ao dos da promoção do creme para as pernas.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Greve Geral e os Seus Objectivos

Hoje não vou escrever sobre Marketing. Pelo menos não o faço na íntegra

O tema hoje é a Greve Geral. E antes de avançar quero clarificar que:

  • não fiz greve, pois estou praticamente desempregado. Faço alguns trabalhos em regime de freelancer;
  • não participei em qualquer tipo de manifestação que foi feita hoje;
  • não tenho qualquer tipo de filiação partidária;
  • não estou inscrito em qualquer tipo de sindicato:

Posto isto quero escrever aquilo que penso sobre o país e, sobre as nossas greves gerais, em particular.

Não acredito neste tipo de greves gerais e em manifestações portuguesas. As greves gerais e as manifestações portuguesas reflectem exactamente a forma como somos vistos lá fora: um povo sereno e desenrascado. E, a meu ver, estas são duas características não levam o país a lado algum

Tudo o que se tem (ou não se tem) e tudo o que se consome em excesso ou em pouca quantidade faz mal, respectivamente ao ego e à saúde. Ora os portugueses, ou a sua grande maioria, são demasiado serenos para aquilo que os governantes deste país têm feito ao país e, consequentemente nos têm feito! É incrível vermos que no Brasil (que está a atravessar uma boa fase económico e financeira e até mesmo social) o povo se tenha insurgido contra o aumento de 20 centavos nos transportes públicos e as ruas encheram-se de gente! Em Portugal, aumentam-nos os transportes públicos, o gás, a electricidade, cortam os salários dos reformados e dos pensionistas, aumenta-se a idade para a reforma, estão-se cagando para o desemprego e ainda mais cagando se estão para o desemprego jovem, esfrangalham a classe média, destroem o serviço nacional de saúde entre muitas outras falcatruas, e nós ainda procuramos rastilhos para pôr em polvorosa e mudar de vez este país?! Por Amor de Deus!!!

Depois temos o desenrascanço português - e aqui começa o Marketing. O desenrascanço português é conhecido internacionalmente e fica bem patente nas manifestações. Isto porque as palavras de ordem que mais se ouvem nas manifestações, sejam palavras escritas, sejam palavras faladas, são: "O Governo que se demita", "Vai-te embora Coelho", "Este é o empurrão que faltava para o Governo cair"... Ou seja, aquilo que nós queremos é desenrascar a coisa. Não temos objectivos!

Para se conseguir atingir uma meta é preciso termos claros os objectivos e, pelo meio da acção, precisamos ir monitorizando a respectiva acção para perceber se estamos no bom caminho para atingir os objectivos, ou não. Um povo que se manifesta na rua a pedir a demissão do Governo e que se contenta com isso, lamento, mas é um povo sem objectivos! E um povo sem objectivos nunca chegará a lado nenhum.

Aliás, se nós virmos, aquilo que se passa (sim ainda dura)no Brasil começou pelo aumento da tarifa nos transportes públicos em 20 centavos. Mas o "povão" não veio para a rua pedir a demissão do Governo e muito menos caiu no erro de pedir para baixarem a tarifa dos transportes públicos.

Primeiro o "povão" uniu-se. Depois saíram para a rua sabendo que iam para uma manifestação e não para o Carnaval ou uma Final de Copa do Mundo. E se há povo brincalhão, alegre sambista, com alto astral são os brasileiros! E já na rua o "povão" tinha um objectivo: exigir o fim da corrupção no Brasil, exigir um melhor sistema único de saúde, exigir melhores condições de ensino público...e mais, políticos nas manifestações eram vaiados até que os mesmo se fossem embora. Ou seja, os brasileiros têm OBJECTIVOS, sabem que a fonte de corrupção são todos os políticos e que a solução não é uma mudança de governo. Os Brasileiros EXIGEM PORQUE TÊM OBJECTIVOS!

Portanto, estabelecidos os objectivos e as acções, os brasileiros (accionistas do país) esperaram pelo feed-back dos seus administradores (governantes). E não é que foram ouvidos e tiveram vistas medidas para resolverem (ou tentar resolver) os problemas/objectivos deles?! E estranhamente ou não (porque o objectivo maior do povo brasileiro é o fim da corrupção) voltaram a sair para as ruas nos dias seguintes. E julgo que ainda andarão por lá! Ou seja, para já estão a monitorizar aquilo que lhes foi dito que iria ser feito.

Por cá aposto que amanhã será outro dia, o Governo manter-se-á em funções e cagam para os manifestantes e para os grevistas e a vida segue em paz para eles e nós continuaremos a arder lentamente neste inferno

Não é à toa que o Brasil dá 10-0 a Portugal em matérias como Gestão, Marketing, Digital, Publicidade...e isso reflecte-se em várias acções do quotidiano e no próprio povo, entre elas as nossas "manifestações" e as manifestações deles!

Há quem diga que a coisa já não vai lá com manifestações e temos de ir mais longe. Estou totalmente de acordo. Aliás, somos demasiado serenos e mansos, como já disse. Mas uma coisa é certa. Podemos fazer uma revolução, matar os governantes, fazer 30 por uma linha. Se não tivermos unidos, preparados e com objectivos estaremos sempre na mesma merda.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Portugal é um Big Brother VIP

Muitos se questionam sobre as audiências e o share que o Reality Show da TVI - Big Brother VIP - tem. A explicação é simples, Portugal é um Big Brother Vip. Se não vejamos:

O Big Brother Vip é um programa em que um certo número de pessoas ditas VIP estão encafuadas numa casa sem terem oportunidade de sair para lado algum e sujeitos às ordens de um Big Brother. O mesmo se passa com Portugal. Estamos todos encafuados dentro de um pequeno rectângulo à beira mar plantado, sujeitos às ordens de políticos internos inexperientes e de políticas externas experimentais aplicadas a torto e a direito, como se de ratos de laboratório nos tratássemos

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Que manda no Big Brother VIP é o Big Brother e quem não acatar as ordens que são dadas sofre as consequências. Quem manda em Portugal, não são os políticos que cá estão, mas os da Alemanha, representados pela Troika. E se calha a nós portugueses não respeitarmos as ordens e as políticas que aplicam ao país, sofremos as consequências em dose dupla. Veja-se o exemplo da TSU ou agora o último exemplo do chumbo do Tribunal Constitucional. Vem ai mais medidas de austeridade.

No Big Brother VIP há que nomear para expulsar. em Portugal o Primeiro Ministro quando foi eleito nomeou todos os jovens e jovens adultos para serem expulsos do seu país.

Este novo Big Brother VIP tem um conceito de ter duas casas, ou melhor: uma Casa e um Barracão. Os da Casa têm todas as mordomias e mais alguma. Os que calham em ir para o Barracão, têm de ser engenhosos e fazer das tripas coração para irem sobrevivendo com o mínimo de utensílios e comida que o tal Big Brother lhe vai dando. Ora em Portugal passa-se a exactamente mesma coisa. Cada vez mais, os políticos inexperientes aplicam políticas neoliberalistas experimentais na Casa e aos seus habitantes - Portugal e os Portugueses - promovendo-se o ódio entre os ricos e os pobres, entre o sector público e o sector privado. Existem um ensino para ricos e outro para pobres, existe saúde para ricos e outra para pobres e por ai adiante. Promove-se o culto dos portugueses de primeira e os portugueses de segunda.

No Big Brother VIP a cultura não abunda, em Portugal o apoio à cultura é desde os primórdios uma prática corrente.

Contudo existem duas grandes diferenças entre Portugal e o Big Brother VIP da TVI. A primeira é que no Reality Show, mesmo estando encafuados numa Casa, os ditos VIPs vão ganhando uns valentes trocos. Na realidade portuguesa, os portugueses vão contando os trocos para sobreviverem. A segunda, é que quando o programa terminar muitos deles estarão empregados e com a vida deles feita ou pelo menos muito melhor. Em Portugal, quando o programa de assistência terminar os portugueses ficarão pior do que estavam antes da Troika e dos políticos corruptos e políticos das "Jotas" que têm governado o país.

Ou seja o Big Brother Vip é um sucesso televisivo porque existe um argumento e uma história (seja bem ou mal contada, seja bem ou mal produzida, tenha bons ou péssimos actores e actrizes e por ai fora) em que muitos portugueses não só se revêm como vivem esse drama.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Empresas, Empreendedorismo e a Actual Notoriedade do Diogo Morgado

O Que Sei sobre o Diogo Morgado

O caso, ou melhor o repentino fenómeno de notoriedade e de viralidade que se tornou a participação do actor português Diogo Morgado em "The Bible" é algo paradigmático com o empreendedorismo que tanto se fala em Portugal.

Sinceramente, não acompanho a carreira artística do Diogo Morgado, mas sei que na televisão assumiu o papel principal no primeiro telefilme da SIC - Amo-te Teresa. E, uma coisa é certa: se serviu para interpretar o papel de Jesus Cristo na série histórica "The Bible", produzida no EUA, comprova que é um actor de valor.

Diogo Morgado e a Mentalidade Tuga

Tenho pena que as empresas (e falo na generalidade das empresas e na generalidade dos sectores) só acreditem nas pessoas e e nos potenciais colaboradores, quando estes dão provas no estrangeiro. Infelizmente esta é uma mentalidade muito mesquinha do povo português. Sempre o foi. Quantos de nós não ouvimos dizer que se vem de fora é bom. O Governo Português até sentiu a necessidade de chamar a os elementos da Troika para governar o país, porque (julgavam ou julgávamos) que não tinham competência para gerir o nosso País.

Que eu saiba, nos últimos anos o Diogo Morgado assumiu papéis de actor principal na "Vingança" (2007) e protagonizou a mini-série "A Vida Privada de Salazar"(2009). Irá agora, 2013 e após ter sido bem sucedido na série "The Bible", um papel (não sei se principal) na telenovela da noite da SIC.

Agora, por motivos de crise económico-financeira, é que apregoam (e apregoamos em uníssono) que aquilo que é português é que é bom. E eu acredito que possamos fazer coisas maravilhosas e boas, mas condições para que isso aconteça não existem. não nos proporcionam.

Diogo Morgado e as Empresas

E é esta mentalidade portuguesa que se alastra às empresas portuguesas e a algumas multinacionais que não vejo maneira de ser mudada. À excepção de cunhas e caciques, primeiro que consigamos entrar numa empresa é preciso:

  1. As empresas publicarem anúncios de emprego reais;
  2. Passar a 1ª entrevista;
  3. Passar os testes psicotécnicos;
  4. Passar a 2ª entrevista;
  5. Passar não sei mais o quê.

E às vezes estamos apenas a concorrer para uma simples vaga de técnico administrativo.

Mas aquilo que o Diogo Morgado fez (por ele ou a convite, não sei), foi aquilo que todos nós fomos aconselhados a fazer: emigar. Porém teve a sorte (e trabalho?) de recber um convite para regressar e quis regressar. Agora, todos nós que fomos convidados a emigrar, duvido que se arranjarmos algo melhor pelo estrangeiro (que segundo a emntalidade tuga é sempre melhor. Se bem que nesta altura e em termos de emprego, sê-lo-á mesmo!) duvido que queiram regressar a um país que os maltrata.

Diogo Morgado e o Empreendedorismo

Mas o que tem tudo isto a ver com empreendedorismo? Tem tudo a ver com empreendedorismo. A começar pela razão que leva as empresas a terem a mentalidade mesquinha de contratar sangue novo que possa trazer coisas novas às empresas, mesmo trabalhando com quadros mais experientes da empresa. Ou seja, são as próprias empresas que não são empreendedoras no simples acto de contratarem pessoal novo.

Ora se as empresas não são empreendedoras neste simples ponto de contratar pessoal, porque haveremos de seguir um dos conselhos do nosso Governo? Concordo que empreender é necessário (com dor ou sem dor), mas empreender a sério, e não brincar ao empreendedorismo em que para se conseguir singrar temos de ter o amigo W na posição X, ou ir para a cama com o fornecedor/cliente Y praticar a posição Z. Mais, como está provado, ou pelo menos afirmado por portugueses que trabalham em Silicon Valley o empreendedorismo (a sério) só pode ser feito se houver crença e patrocínio das empresas, dos investidores. Ou seja, se o país acreditar em nós. Isto já para não falar no ambiente que tem de existir ao redor de um projecto de empreendedorismo. algo que neste momento não existe na sua plenitude.

O Diogo Morgado sempre foi um bom actor, mas teve de demonstrá-lo mais uma vez (e sabe-se lá se foi de uma vez por todas) teve de empreender e fora de Portugal. Teve de emigrar para os Estados Unidos da América.

Portanto, acreditem em nós jovens. Acreditem que temos formação, que temos ideias, que queremos trabalhar, que queremos ajudar as empresas e não nos mandem camufladamente à merda, que é o mesmo que nos mandarem ser empreendedores. Porque para isso é preciso o que já disse acima e, talvez algo mais.

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